Tratamento de casos suspeitos de sarampo foi tema de encontro online promovido pelo Ministério da Saúde

Mais de 800 profissionais de saúde discutiram sobre a importância da rede de atenção à saúde na identificação, notificação, condutas e manejo do sarampo. Eles participaram de webinário realizado pelo Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), na quarta-feira (24).

A reunião online teve como foco a discussão a respeito das características clínicas do agravo, fluxos de vigilância, laboratório e resposta rápida aos eventos em saúde pública. O presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, palestrou sobre as características clínicas e o manejo do sarampo.

O especialista afirmou que, apesar de o Brasil ter sofrido uma reintrodução do vírus em determinadas regiões, o País voltou a presenciar substancial redução dos casos de sarampo nos últimos anos. Ele reforçou que a prevenção mais eficaz é a vacina. “Precisamos combater a cadeia de transmissão, pois depois de instalada fica muito mais difícil vencer os surtos”, alertou.

A técnica do Grupo de Trabalho Exantemáticas da Coordenação-Geral do Programa de Imunização da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Izabel Lopes, falou sobre o contexto da situação epidemiológica no País e as medidas adotadas pela Pasta para que o Brasil recupere o certificado de eliminação da doença.

Ela informou que em 2020 foram cerca de 8 mil casos notificados do agravo. Este ano, o número baixou para 43, sendo que quatro unidades da Federação apresentaram surtos da doença: Amapá, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. Izabel Lopes indicou que em caso de suspeita de sarampo, “o profissional deve seguir o protocolo do Guia de Vigilância em Saúde, desde a sua notificação até o encerramento do caso, traçando ações necessárias para o bloqueio oportuno da transmissão do vírus.”

A Coordenadora-Geral do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), Janaína Sallas, ressaltou o papel do Centro onde atua. A profissional explicou que o Cievs faz o monitoramento de todos os casos que possam constituir potencial ameaça à saúde, entre surtos ou epidemias, doenças ou agravos de causa desconhecida, mudanças clínico-epidemiológicas ou até mesmo desastres ou acidentes causados por imunobiológicos, bioterrorismo e episódios de violência deliberada.

A última apresentação do encontro ficou a cargo da técnica do Grupo de Trabalho Exantemáticas da Coordenação-Geral de Laboratórios em Saúde Pública (CGLAB), Marliete Carvalho. Ela explicou como realizar a vigilância laboratorial de sarampo no Brasil.

Multivacinação

Desde 8 de agosto, o Ministério da Saúde promove a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para atualização da caderneta de vacinação das crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade, não vacinados ou com esquemas vacinais incompletos em todo território brasileiro.

 A atualização da situação vacinal das crianças e adolescentes aumenta a proteção contra as doenças imunopreveníveis, como o sarampo, evitando a ocorrência de surtos e hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação, óbitos e o retorno de doenças já eliminadas.

Ministério da Saúde