Consulta Pública: Guia de Atividade Física para a População Brasileira

O Ministério da Saúde abre consulta pública para o Guia de Atividade Física para a População Brasileira. A publicação é uma ação pioneira em prol da promoção da saúde dos cidadãos no país que busca contribuir para uma vida mais saudável e ativa, prevenindo o desenvolvimento de doenças crônicas e melhorando a qualidade de vida da população. As contribuições para o texto do Guia podem ser enviadas até 31 de agosto de 2020 por meio de formulário eletrônico.

A publicação é parte de um conjunto de ações intersetoriais encabeçado pelo Departamento de Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Depros/Saps/MS) e está focada nas pessoas, com orientações adaptadas à realidade e aos contextos de vida em todo o território nacional. O material vai orientar os cidadãos que buscam mudar seus hábitos de vida, tornando seu dia a dia mais ativo.

Acesse a proposta do Guia de Atividade Física para a População Brasileira

O propósito do Guia de Atividade Física para a População Brasileira é trazer as primeiras recomendações do país para realização de atividade física. A orientações foram elaboradas e divididas por ciclos da vida, considerando os domínios e contextos nos quais se dá a prática no Brasil. O documento é resultado de uma parceria do Ministério da Saúde (MS) com diversos pesquisadores, e seu lançamento está previsto ainda para 2020, depois de consolidadas e analisadas todas as contribuições da consulta pública.

A construção do documento foi dividida em oito grupos, representados em capítulos do Guia, sendo eles:

• Entendendo a Atividade Física;
• Atividade Física para Crianças de 0-5 anos;
• Atividade Física para Crianças e Jovens de 6-17 anos;
• Atividade Física para Adultos;
• Atividade Física para Idosos;
• Educação Física Escolar;
• Atividade Física para Gestantes e Mulheres no Pós-Parto;
• Atividade Física para Pessoas com Deficiência. 

Benefícios da atividade física
A prática de atividade física contribui para a proteção e combate às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O cumprimento da quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada/vigorosa ou 75 minutos de vigorosa – reduz significativamente as chances de desenvolver câncer de mama e de cólon, diabetes, cardiopatias e acidente vascular cerebral. Adicionalmente, mesmo as atividades físicas realizadas em intensidades mais baixas fornecem benefícios à saúde, estando relacionadas a um menor índice de mortalidade por todas as causas. 

Longos tempos em comportamento sedentário apresentam riscos à saúde, independentemente da prática de atividade física. Ou seja, ser fisicamente ativo não é suficiente e é preciso também diminuir o tempo gasto em comportamentos sedentários.

Os dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2019 apontaram que 44,8% da população com 18 anos ou mais de idade das capitais brasileiras não atende ao mínimo de atividade física recomendado pela OMS, sendo que as mulheres (52,2%) e os idosos (69,1%) apresentam as maiores prevalências.

Conceito
Atividade física é “qualquer movimento corporal com gasto energético acima dos níveis de repouso”, referindo-se ao gasto de energia maior do que ocorre quando se está sentado ou deitado descansando, por exemplo. Ou seja, a atividade física é entendida como todos os movimentos intencionais que realizamos no nosso dia a dia nos momentos de lazer ou tempo livre (caminhar no parque e fazer academia), para deslocamento (ir caminhando para o trabalho e ir ao supermercado de bicicleta), nos afazeres domésticos (passar pano no chão, cortar grama e lavar o carro) e no ambiente de trabalho (entregar documentos, dar aulas em pé, deslocar-se caminhando entre setores da empresa) ou estudo (fazer educação física escolar). De acordo com essa definição, são exemplos de atividades físicas: esportes, brincadeiras, jogos, danças, caminhadas e práticas corporais. Já o comportamento sedentário pode ser entendido como a realização de atividades de baixo ou nenhum gasto energético. Ou seja, atividades na posição sentada ou deitada, que geralmente são realizadas em frente a telas de computador, televisão, celulares e tablets.

Envie sua contribuição para a Consulta Pública do Guia de Atividade Física para a População Brasileira e faça parte da construção de um futuro mais saudável para a nossa população. Acesse o documento no link e faça sua contribuição no formulário.