Em reunião com ministros da Saúde do Mercosul, Queiroga defende o fortalecimento dos sistemas de saúde

Durante a 49ª reunião de ministros da Saúde do Mercosul, e a primeira realizada de forma presencial depois do início da pandemia da Covid-19, o ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, exaltou a atuação dos países membros no combate à doença. No encontro, o gestor brasileiro defendeu o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde para torná-los mais inclusivos e garantir acesso universal à saúde. A reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira (19), em Foz do Iguaçu, no Paraná.

“Essa reunião ocorre presencialmente por causa dos esforços conjuntos dos ministérios da Saúde dos nossos países que revidaram todos os esforços para reduzir número de casos e número de óbitos. Trabalhamos firmemente para fortalecer os nossos sistemas de saúde para socorrer, sobretudo, casos graves que precisaram de assistência em terapia intensiva”, destacou Queiroga.

Ao término da reunião, os ministros da Saúde assinaram uma declaração conjunta. Com isso, os países se comprometeram em fortalecer os complexos industriais de saúde para aumentar a capacidade produtiva regional de medicamentos imunizantes e de tecnologias de saúde. Para ele, a iniciativa visa a deixar os sistemas de saúde cada vez mais preparados para enfrentar eventuais emergências sanitárias, como a da Covid-19.

“Reafirmo o entusiasmo do Ministério da Saúde do Brasil em poder cooperar com nossos vizinhos, irmãos do Mercosul renovando o compromisso dessa integração regional com a saúde e as nossas populações, através da cooperação entre os Estados Partes. O Mercosul tem plena capacidade para contribuir com bons resultados no atual contexto pandêmico, bem como na construção de soluções para futuras emergências de saúde. Seguiremos juntos, para contribuir aos esforços globais de combate à pandemia de Covid-19”, disse o ministro brasileiro.

Mais cedo, em Foz, Queiroga e o ministro da Saúde do Paraguai, Julio Vargas, assinaram um acordo para fortalecer a atenção e vigilância à saúde em regiões fronteiriças. Dentre os principais objetivos do tratado está a definição de diretrizes e mecanismos para realizar ações que minimizem os riscos à saúde, durante e pós-pandemia da Covid-19, em ambos os países. O compromisso foi firmado no contexto da comemoração dos 30 anos do Mercosul.

Com a assinatura do compromisso, fica estabelecida a criação de um Comitê Binacional de Saúde na Fronteira que terá a participação de autoridades sanitárias de ambos os países. A equipe vai atuar na aplicação de protocolos e medidas sanitárias em cidades-gêmeas (municípios que são vizinhos, mas pertencem a países diferentes); na execução de estratégias e medidas de vigilância epidemiológica, controle sanitário e educação em saúde, entre outras atribuições.

“Acreditamos que o Brasil pode contribuir ainda mais para o fornecimento regional de vacinas e biofármacos. Temos plena consciência de que o vírus não conhece as nossas fronteiras. Sabemos que ninguém estará seguro até que estejamos todos seguros. Reconhecemos a ampla imunização contra a Covid-19 como um benefício público global e reiteramos nosso compromisso de trabalhar para atingir esse objetivo”, finalizou.

Fernando Brito
Ministério da Saúde