Equipes de saúde continuam vistoriando imóveis para combater aedes aegypti

A estratégia faz parte do plano nacional de enfrentamento ao mosquito e à microcefalia, lançado no final do ano passado. No segundo ciclo da ação, mais de 15 milhões de vistorias em domicílios já foram realizadas

As equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti já alcançaram a 15,6 milhões de imóveis brasileiros, no segundo ciclo da campanha contra o vetor, iniciado início deste mês. Ao todo, 13 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais foram efetivamente vistoriados. Os agentes foram ainda a outros 2,6 milhões de estabelecimentos, que estavam fechados ou houve a recusa para acesso. Dos 5.570 municípios brasileiros, 4.189 (75%) já registraram as visitas ao Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).

O novo balanço da Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia, concluído às 11h30 desta sexta-feira (18), aponta que as visitas alcançaram 23,3% da base de imóveis existentes no país – 67 milhões. As inspeções identificaram e destruíram focos do mosquito transmissor da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya em 454,5 mil (3,48%) dos 13 milhões de imóveis que receberam as equipes de combate, formada por 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de militares das Forças Armadas. A meta é reduzir esse índice de infestação para menos de 1% de imóveis com foco.

Conforme o balanço, Tocantins é o estado com o maior índice de visitas no ciclo atual: 46,2%, com 207 mil visitas. Rondônia segue próximo, com 43,4% (206 mil visitas). Em quantitativo de imóveis alcançados, São Paulo lidera com 3,7 milhões (22,9% da base), seguido de Minas Gerais, com 2,2 milhões (31,6%). A Bahia é a terceira unidade federativa em percentual de visitas e números absolutos, respectivamente 38,7% e 1,7 milhão de imóveis atingidos.

A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal está liderando um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências.

Vale lembrar que, desde o dia 1º de fevereiro, o Governo Federal autoriza a entrada forçada de agentes públicos de combate ao Aedes em imóveis públicos ou particulares que estejam abandonados, ou em locais com potencial existência de focos, no caso de ausência de pessoa que possa permitir o acesso ao local. Para ficar comprovada a ausência de quem autorize a vistoria, é necessário que o agente realize duas notificações prévias, em dias e horários alternados e marcados, num intervalo de dez dias.

Diogo Caixote, da Agência Saúde

Atendimento à Imprensa

(61) 3315-3587 / 3580