Sala Nacional apresenta balanço de ações a deputados

Comissão externa de acompanhamento sobre o vírus Zika promoveu audiência pública com os órgãos de governo responsáveis pelo combate ao Aedes aegypti

A Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) apresentou nesta semana na Câmara dos Deputados, as ações que estão sendo realizadas para combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Chikungunya e Zika. A audiência pública foi solicitada pelos deputados que fazem parte da Comissão Externa, composta para acompanhar e avaliar as ações realizadas pelos órgãos governamentais ligados ao combate ao mosquito. Estavam presentes representantes do Ministério da Saúde, Funasa, Defesa Civil, Ministério das Cidades e o Meio Ambiente.

Cada órgão apresentou o que já foi feito e quais as ações do primeiro eixo que estão sendo desenvolvidas para a continuidade do primeiro eixo do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, lançado em dezembro de 2015. O técnico do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Rodrigo Frutuoso, representando a Sala Nacional, destacou que o órgão tem apoiado estados e municípios no combate ao Aedes, incentivado as vistorias domiciliares no planejamento de ações através de videoconferências semanais com as Salas Estaduais de Coordenação. Outra medida destacada por Frutuoso é o monitoramento das ações de controle nos 335 municípios que receberão o revezamento da tocha olímpica.

Além disso, foi apresentado o balanço do terceiro ciclo de visitas, que se encerrou em 30 de abril e registrou informações de 100% dos estados pelo Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Segundo o representante da Sala Nacional, no mês de abril, 90% dos municípios apresentaram ações no combate ao mosquito, 45% dos domicílios no país foram visitados, sendo que 16% estavam fechados ou tiveram recusas dos moradores. “Hoje, nós podemos dizer que resgatamos e fortalecemos o sentido da  intersetorialidade e da corresponsabilidade, não só do setor saúde, mas entre os diversos entes de outros setores para o combate ao Aedes saúde as suas consequências”, comemorou Frutuoso ainda enfatizando que o objetivo é que o trabalho realizado na Sala Nacional seja replicado nas salas municipais de coordenação e controle. “O combate ao mosquito deve ser uma política de estado e não de governo”, completou.

Frutuoso informou ainda que a atuação da Sala Nacional durante o 4º ciclo de visitas, que se iniciou em primeiro de maio e vai até o dia 30 de junho, centrará esforços na ampliação das salas municipais de controle - que hoje são 1.093; no aumento do número de residências visitadas e no apoio para a implantação da diretriz de saneamento básico para o combate ao Aedes aegypti.

A Sala Nacional de Coordenação e Controle é a responsável pela consolidação, monitoramento e divulgação dos dados de imóveis visitados e focos encontrados do mosquito Aedes repassados pelos estados, além de promover ações para eliminação de criadouros do mosquito e de acompanhar e divulgar os resultados obtidos.

Desde a implantação da Sala Nacional, o governo federal monitora a quantidade de imóveis tratados com os produtos químicos enviados pelo Ministério da Saúde aos municípios brasileiros. “Isso proporcionou o uso racional desse produto, fortalecendo as ações do órgão no combate e prevenção contra o mosquito”, finalizou Frutuoso. Outro benefício destacado pelo técnico foi o apoio da força de trabalho dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias e dos Militares, essenciais para a identificação de focos ou potenciais focos do mosquito.

QUARTO CICLO - Nesse quarto ciclo de enfrentamento ao vetor, iniciado em 1º de maio, as equipes de combate ao Aedes aegypti visitaram mais 11,2 milhões de imóveis brasileiros até o dia 19, às 9 horas. Foram 9,3 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 1,9 milhão de estabelecimentos que estavam fechados ou houve recusa para acesso. Até o momento, 3.659 dos 5.570 municípios brasileiros registraram as visitas ao Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).

O primeiro ciclo da mobilização, realizado entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso. No segundo ciclo, em março, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti alcançaram 34,9 milhões de imóveis brasileiros, sendo 29,2 milhões efetivamente vistoriados. No terceiro, realizado no mês de abril, foram visitados mais de 28,3 milhões de imóveis nacionais, sendo 23,5 milhões efetivamente vistoriados e 4,7 milhões de estabelecimentos que ou estavam fechados ou houve recusa para acesso.

Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de aproximadamente 5 mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde
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