Alckmin celebra leilão da Rota dos Cristais e destaca a importância dos investimentos

O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou nesta quinta-feira (26) do leilão da rodovia BR-040/GO/MG, a Rota dos Cristais, ao lado do ministro dos Transportes, Renan Filho. A concessão, cujo vencedor foi o grupo francês VINCI Highways, tem duração de 30 anos e prevê investimentos de R$ 12 bilhões em melhorias na via que liga Cristalina (GO) a Belo Horizonte (MG).  Durante a concessão, está prevista a criação de 94 mil empregos diretos e indiretos.

Em seu discurso, o vice-presidente destacou a importância dos investimentos privados para o desenvolvimento do país e a geração de emprego: "O Brasil tem alguns desafios. O primeiro deles é aumentar investimento. E nós estamos vendo aqui um importantíssimo investimento, que traz produtividade, reduz Custo Brasil, melhora competitividade. Ajuda agroindústria, serviços, exportações", disse Alckmin.

O ministro também enfatizou a geração de empregos e a melhoria da competitividade do país como resultados diretos desses investimentos: "A outra é emprego. Construção é emprego direto. Área fortemente empregadora. Vai gerar muito emprego e movimentar a economia.”

Ele também reforçou que o empreendimento, com a duplicação de rodovia, criação de marginais, terceiras faixas e passarela contribui para a saúde, uma vez que acidentes rodoviários estão entre as principais causas externas de mortes no Brasil. “Então um investimento como esse salva vidas. Previne, evita sequela, promove o desenvolvimento".

Leilão

O grupo francês VINCI Highways SAS venceu a disputa após apresentar uma oferta de desconto de 14,32% sobre a tarifa de pedágio.

Renan Filho destacou a atenção do Ministério dos Transportes sobre a BR-040 e a importância logística deste empreendimento para a população brasileira . “Investimento estruturado, com a menor tarifa possível ao cidadão, essa é nossa meta e o que a gente vem conseguindo fazer”, confirmou.

A BR 040/GO/MG é essencial para o escoamento de grande parte da produção agrícola do Centro-Oeste, forte produtor de grãos. Ela conecta o interior do país a parte do Sudeste, principalmente os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A rodovia ainda corta a Central Mineira. A região ganhou o apelido de Nova Fronteira Agrícola devido tanto à privilegiada posição logística, quanto ao aumento na produção de milho, soja e sorgo, algo que se soma à vocação para pecuária de corte, com tradição já consolidada.

“Com esses investimentos, o Ministério dos Transportes espera cumprir o seu papel para o desenvolvimento nacional, fazendo um convite à iniciativa privada, fazendo aquilo em que eu mais acredito, que é o somatório de esforços”, ponderou Renan Filho.

O grupo VINCI atua prioritariamente com operação de aeroportos, estando em 13 países e administrando oito contratos desta modalidade no Brasil. Em 2022, comprou parte do grupo Entrevias, que opera atualmente 570 km de rodovias paulistas.

De acordo com o projeto, a concessionária VINCI Highways SAS irá aportar na rodovia R$ 6,495 bilhões em Capex (REIDI) e 5,601 bilhões de Opex. Dentre as obras previstas para melhoria viária da BR 040/GO/MG,  estão 9,9 quilômetros de duplicações, implantação de faixas adicionais, construção de 43 passarelas e 226 novos acessos, além de passagem de fauna. A estimativa é de que haja uma geração de 94.104 empregos diretos, indiretos e efeito-renda.

BR–040

A Rota dos Cristais (BR 040/GO/MG) é o segundo leilão de relicitação da BR-040 dentro da gestão atual do governo federal. O certame anterior aconteceu em abril deste ano e compreendeu o trecho de 218,8 km de extensão que liga Juiz de Fora, em Minas Gerais, ao Rio de Janeiro. Saiu vencedor o Grupo EPR Via Mineira, formado pelas empresas Perfin e Equipav, que apresentou um desconto sobre a tarifa básica de pedágio de 11,21%.

Com uma extensão total de 1.116,8 km, a BR-040 era operada pelas concessionárias Via040, que administrava 936,8 km da rodovia, e Concecer, com 180 km. Após a finalização dos contratos, o Ministério dos Transportes decidiu pela divisão dos dois lotes em quatro trechos menores, assegurando, assim, a viabilidade econômica para as novas propostas.