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Ministério do Planejamento leva projeto Diálogos para Construção da Estratégia Brasil 2050 ao Amapá
Os debates do projeto “Diálogos para Construção da Estratégia Brasil 2050”, promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) chegaram nesta segunda-feira (09/06) ao estado do Amapá. A iniciativa está “rodando o Brasil” com o objetivo de discutir desafios e oportunidades para o país nos próximos 25 anos, no contexto da elaboração do planejamento de longo prazo do Brasil, mas com o cuidado de levar em consideração potenciais, perspectivas e anseios locais. Nesta rodada, realizada em Macapá, o evento reuniu integrantes do MPO e representantes de diversos segmentos da sociedade civil amapaense.
“Planejar sem integrar não gera resultados”, destacou a secretária nacional de Planejamento do MPO, Virgínia de Ângelis, na abertura do evento. Destacou que todo esse trabalho mira em um desenvolvimento pleno para o país, reduzindo desigualdades sociais e regionais.
A Secretaria Nacional de Planejamento do MPO está liderando a construção de uma Estratégia Nacional de Longo Prazo, denominada Estratégia Brasil 2050. Ela busca garantir uma maior previsibilidade na atuação governamental, melhora do ambiente de negócios e aumento da transparência. Debates sobre o tema estão sendo realizados por todo o país, permitindo colher as contribuições locais para a consolidação desse projeto.
“Temos buscado as contribuições de cada região, de cada estado brasileiro, para construir um projeto de nação. E, para isso, precisamos gerar maior colaboração, gerar consenso, deixar as polarizações de lado”, afirmou a secretária. Vírginia ressaltou o caráter inovador do atual governo, que estabeleceu o planejamento do país como prioridade, como foco não somente imediato, mas mirando também a médio e longo prazos.
Ela argumentou que as ações de planejamento ganham ainda mais importância no cenário atual. “Vivemos uma época de grandes transformações. Pensar no futuro nos ajuda a nos preparar para essas mudanças, a saber quais são os grandes objetivos que temos a alcançar”, disse a secretária nacional de Planejamento, ao citar desafios impostos por fatores como as mudanças climáticas, as tensões geopolíticas globais e a nova revolução tecnológica.
Futuro
“A melhor forma de prever um futuro é construí-lo. E é isso que a estamos buscando fazer: trazer orientações sobre o longo prazo para orientar as nossas decisões presentes”, reforçou Virgínia. A secretária enalteceu as ações já realizadas pelo governo do Amapá na área de planejamento. “Essa visão de futuro certamente vai transformar a realidade econômica e social deste estado, com preservação e sustentabilidade”, afirmou Virgínia. Ela ressaltou que a Estratégia Brasil 2050 ajuda o Brasil a ter um viés coordenado de desenvolvimento, evitando, por exemplo, situações de competição entre diferentes estados, e estabelecendo um “ambiente de colaboração e de coordenação”.
Segundo explicou a secretária nacional de Planejamento, com as rodadas regionais de debates sobre a Estratégia Brasil 2050, será possível construir uma visão de futuro agregadora, coerente com indicadores e metas que permitam acompanhar as ações propostas ao longo dos próximos anos. Virgínia de Ângelis ressaltou que a proposta está disponível na plataforma Brasil Participativo, espaço disponível para receber contribuições de toda a sociedade.
“A plataforma Brasil Participativo está aberta. Convide todo mundo que você conhece para preencher lá o sonho que você tem para o seu Estado daqui 25 anos, porque quando a chegarmos em 2050, isso será fruto das ações que tomaremos a partir de agora”, instigou o secretário de Articulação Institucional do MPO, João Villaverde, que participou de painel realizado logo após a abertura do evento.
Saiba mais sobre a Estratégia Brasil 2050: https://www.gov.br/Brasil2050
Villaverde também apresentou o projeto Rotas de Integração Sul-Americana, capitaneado pelo MPO, que fortalece a interligação do Brasil com os países vizinhos, criando uma ampla rede subcontinental. “Cabe ao Brasil negociar e fazer negócios com os Estados Unidos? Sim. Cabe ao Brasil fazer negócios e negociar com a China? Sim, também. Mas cabe fundamentalmente o Brasil negociar e fazer negócios com a América do Sul. Podemos potencializar isso com as Rotas de Integração Sul-americana O Amapá está desde o princípio dessa política”, ressaltou, citando, entre outras oportunidades, as possibilidades de maior integração do Amapá com os vizinhos da Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
Autoridades
“Quem planeja, tem futuro. Quem não planeja, tem destino”, advertiu o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que também participou da rodada de debates do projeto “Diálogos para Construção da Estratégia Brasil 2050” no Amapá. Ressaltou a importância da construção de um planejamento nacional para os próximos 25 anos, abandonando um histórico de instrumentos, até pouco tempo atrás, focados somente no curto prazo. Conforme apontou o ministro, essa visão de longo prazo permite ao país, como um todo, “ser mais assertivo no processo de desenvolvimento”.
O governador do Amapá, Clécio Luís Vilhena Vieira, exaltou a iniciativa do MPO em promover amplas escutas regionais na elaboração da Estratégia Brasil 2050, sob o princípio da construção de consensos. “Podem contar conosco, integralmente, para coletar, sistematizar e entregar todas as informações necessárias para um bom planejamento e para que o Amapá faça parte desse planejamento”, reforçou o governador. Vieira destacou que o planejamento de longo prazo já é tema priorizado no Estado, ao citar o “Plano Estratégico Amapá 2043”.
Assista à rodada do Diálogos para Construção da Estratégia Brasil 2050: https://www.youtube.com/live/1agpDGzhJG4?t=371s