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PLANEJAMENTO
Primeira etapa de oficina de estudo estratégico reúne especialistas de órgãos da área de infraestrutura para a Estratégia Brasil 2050
A secretária Nacional de Planejamento, Virgínia de Ângelis, destacou a importância da integração entre os setores para garantir um planejamento estratégico de longo prazo de forma coesa. A convergência dessas áreas foi apontada como essencial para ampliar a viabilidade, transparência e eficiência dos projetos, contribuindo para o aprimoramento das políticas públicas a partir do presente com impactos positivos progressivos para o futuro.
Ângelis falou na abertura da primeira etapa da Oficina de Estudo Estratégico sobre Infraestrutura, realizada nesta quinta-feira (30 de janeiro), na sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), instituição parceira do MPO no projeto. O evento reuniu especialistas e representantes dos ministérios de Minas e Energia, Comunicações, Ciência e Tecnologia, Transportes, Portos e Aeroportos e Infraestrutura, além de técnicos de institutos como IPEA, IBGE, EPE e BNDES.
Dinâmica e Principais Discussões
Durante a oficina, os participantes participaram de uma dinâmica interativa voltada para a sinergia entre as diversas áreas. Cada grupo contribuiu com análises e ajustes estratégicos, abordando tendências, desafios, cenários, visões de futuro, metas e indicadores de cada setor. O objetivo foi alinhar as estratégias individuais em um plano integrado, capaz de enfrentar os desafios da infraestrutura nas próximas décadas.
Destaques por Setor
Transportes
Rodovias: A análise do setor destacou os desafios de manutenção e ampliação da malha rodoviária, que conta com 74.000 km de extensão, além do impacto do crescimento das frotas de utilitários e motocicletas.
Ferrovias: Com 30,6 mil km de trilhos, o setor ferroviário, atualmente concentrado no transporte de grãos sólidos, requer estratégias estruturantes para garantir maior eficiência e diversificação no futuro.
Aeroportos: O país já concedeu 59 aeroportos para modernização e expansão, mas o setor ainda enfrenta desafios estruturais que exigem novas estratégias para aumentar a competitividade e a conectividade aérea.
Energia
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentou um panorama do setor, destacando tendências e incertezas que moldam o futuro da matriz energética.
Foram discutidos cinco cenários energéticos para as próximas décadas, com foco no combate à pobreza energética, nas mudanças geopolíticas e nos impactos climáticos sobre o sistema energético.
Telecomunicações
O setor reforçou a necessidade de maior agilidade para acompanhar o avanço tecnológico e superar desafios como o alto custo da expansão para áreas remotas e as desigualdades regionais no acesso à conectividade.
Foram debatidos temas como cidades inteligentes, Internet das Coisas (IoT), privacidade de dados, combate a deep fakes e letramento digital, ressaltando a importância de preparar a sociedade para um ambiente digital cada vez mais dinâmico.
A primeira etapa da Oficina de Estudo Estratégico sobre Infraestrutura foi um marco para a integração e o planejamento de longo prazo no setor. A colaboração entre os ministérios e institutos demonstrou o potencial de estratégias conjuntas para enfrentar os desafios da infraestrutura brasileira nos próximos 25 anos.
Com foco na transparência, inovação e eficiência, a iniciativa pavimenta o caminho para políticas públicas mais assertivas e sustentáveis, garantindo um futuro mais integrado e resiliente para o país.
