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MUDANÇA DO CLIMA
Ministra reforça compromisso do Brasil com agenda de mulheres e clima para negociadoras da América Latina e Caribe
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, participou, na manhã desta segunda-feira, (13), do Encontro de Negociadoras/es de Gênero e Mudança do Clima da Associação Independente da América Latina e do Caribe (AILAC), em Brasília, como em preparação para a COP30, que acontecerá em novembro em Belém do Pará.
Para negociadoras dos países da região, a ministra destacou o Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima, coordenado pelo Ministério, que inclui a criação do Protocolo de Atendimento às Mulheres em Emergências Climáticas e Desastres e o curso de formação de diplomacia popular, que vai capacitar 100 mulheres para contribuir aos debates na COP30.
“Estamos assim fazendo as coisas com muito cuidado, estratégias, em termos do conjunto dos fatores da vida das mulheres. Podemos colocar na centralidade a vida das mulheres, que são muitos, muitos setores, em todos os lugares, em todos os segmentos. E sempre estamos falando isso: quem cuida das mulheres, cuida da sociedade”, defendeu Lopes.
A ministra reforçou que a política do governo é intersetorial e transversal, dialogando com todas as pastas – como saúde, educação, agricultura e previdência – para garantir que a igualdade de gênero e os direitos humanos sejam considerados em cada política pública.
“Nosso diálogo, e também nossas negociações e escolha das prioridades, têm que ver com isto. Em que medida cada política pública vai responder à responsabilidade que nós temos?”, pontuou ao destacar a complexidade do pacto federativo, que exige articulação constante com estados e municípios.
Preparação para a COP30: ODS como mapa
A ministra Márcia contou que as ações sobre gênero e clima em preparação para a COP30 estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, destacando as possibilidades de diálogo com os países que participam da Conferência para uma agenda comum regional.
“São muitos, muitos aspectos que poderíamos ter uma agenda. Temos que respeitar absolutamente a especificidade de cada país, mas também nos encontrarmos em uma agenda comum, porque estamos falando de gênero e clima das transformações em todas as áreas. Estamos falando, acima de tudo, da preservação da vida. E isto sim é que nos interessa”, salientou.
Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima
Lançado em setembro, o Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima reúne 10 ações estratégicas na agenda de gênero e justiça climática, focadas nos processos preparatórios para a COP30 no Brasil (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). A agenda foi incluída nos debates da 5ª Conferência de Políticas para as Mulheres, em cumprimento a uma das metas do Plano.