Projeto Bolsa Verde alcança mais de 58 mil famílias em Unidades de Conservação e projeta novas ações

Entre os dias 28 e 31 de julho, foi realizada, no espaço UnB Cerrado, na Chapada dos Veadeiros (GO), a Oficina de Avaliação de Meio Termo do Projeto Bolsa Verde. O evento reuniu técnicos, gestores e representantes de diversas coordenações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (FEST/ES) para avaliar os avanços e planejar a próxima fase do projeto, que promove a inclusão social e produtiva de famílias residentes em Unidades de Conservação (UCs) federais. 

Financiado por meio do TED SNPCT/MMA nº 04/2023 e executado em parceria com a FEST via Convênio nº 950082, o projeto facilita o acesso de famílias extrativistas ao Programa Bolsa Verde, além de outras políticas públicas voltadas à sociobiodiversidade. Entre os principais resultados alcançados até junho de 2025, destacam-se: 

• Levantamento de famílias em 65 mil moradias, distribuídas em 54 UCs federais; 

• 58 mil famílias indicadas ao Bolsa Verde em 64 UCs, com revisão de dados anteriores; 

• Fortalecimento da governança local, com implementação de instâncias em Conselhos para reconhecimento coletivo de beneficiários; 

• Capacitação de 160 servidores para articulação com políticas públicas; 

• Desenvolvimento e implementação da plataforma SISfamilias; 

• Estabelecimento de protocolos de monitoramento em 41 UCs, no âmbito do Programa Monitora — que hoje abrange 49% das unidades inseridas no Bolsa Verde. 

Segundo a diretora de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs (DISAT/ICMBio), Kátia Torres, “é uma oportunidade de constatação e registro do impacto do projeto nos territórios, nas comunidades, na gestão das unidades de conservação e na geração de dados que informam diferentes políticas. Estamos todos felizes em constatar o grande avanço em governança nas UCs, no acesso a políticas sociais, bem como na consolidação territorial a partir do conjunto de ações realizadas de forma articulada”. 

Além de avaliar os desafios e soluções adotadas, a oficina teve como foco a construção do plano de ação para o segundo ciclo do projeto, coordenado pela Coordenação de Gestão da Informação para o Bem Viver (COBEM), com apoio de outras coordenações do ICMBio e da Coordenação-Geral de Gestão Socioambiental do MMA. 

O encontro consolidou uma ampla articulação institucional, promovendo o alinhamento entre áreas técnicas e administrativas para fortalecer estratégias de governança, ampliar o acesso ao programa e potencializar seus impactos na conservação ambiental e na inclusão social.