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Balanço: ICMBio destaca contribuições e agenda diversa na COP30
Após duas semanas de debates e negociações em Belém, no Pará, a COP30, Conferência do Clima das Nações Unidas, terminou no último sábado, 22 de novembro - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Adaptação e mitigação à mudança climática, este é o tema que guia as Conferências das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, o que não foi diferente durante sua 30ª edição, que encerrou, em Belém (PA), no último sábado (22). Foram 29 as decisões aprovadas por consenso, incluindo acordos em transição justa, comércio, gênero, tecnologia e triplicação do financiamento para adaptação. Resultados que consolidam a COP brasileira como uma COP de implementação.
Na Conferência, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com representações da presidência, diretorias, gerências, centros de pesquisa e unidades de conservação (UCs), reforçou ao Brasil e ao mundo o poder da sua missão: cuidar da natureza com as pessoas.
Entre os temas que o Instituto promoveu e contribuiu, há uma pluralidade de frentes de enfrentamento à mudança do clima: proteção das florestas e áreas marinhas; proteção de espécies; restauração inclusiva; bioeconomia; fiscalização ambiental; manejo integrado do fogo; turismo sustentável; educação ambiental; e parcerias público-privadas, além da valorização de povos e comunidades tradicionais e do protagonismo das mulheres na conservação, com debates específicos sobre ecossistemas como os manguezais.
O time do ICMBio, durante as duas semanas de evento, que pela primeira vez na história teve o Brasil e a Floresta Amazônica como palco, participou de atividades tanto na Zona Azul quanto na Zona Verde, bem como em espaços paralelos aos espaços oficiais, a convite da sociedade civil organizada. Confira o compilado das participações em nossos destaques do Instagram e também em texto abaixo:
Florestas e o Protagonismo das Unidades de Conservação
No dia 12 de novembro, a gerente regional do Norte (GR1), Carla Lessa, integrou o lançamento da publicação "Áreas Protegidas na Amazônia Legal: Um retrato ambiental e estatístico", do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo trouxe dados inéditos sobre o perfil dos moradores em UCs da região, reforçando a importância da inclusão social na gestão;
Em 15 de novembro, a diretora de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação (DISAT), Kátia Torres, compôs o lançamento de um livro e box de cartilhas focados na regularização fundiária de territórios tradicionais das florestas;
No dia 21 de novembro, o coordenador territorial de Belém pelo ICMBio (GR1), William Fernandes, contribuiu no debate sobre “Unidades de Conservação da Amazônia Legal: Vulnerabilidades e Oportunidades de Ação”.
Áreas Marinhas e a Resiliência Oceânica
Em 12 de novembro, a diretora de Criação e Manejo de Unidades de Conservação (DIMAN), Iara Vasco, palestrou no evento “Parcerias Azuis para um Clima em Transformação: Avançando as Áreas Marinhas Protegidas (AMPs), a Resiliência Comunitária e as Metas Globais de Biodiversidade”;
Também no dia 12, Gabrielle Soeiro, coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT), participou do painel “Amazônia Costeira em Alerta: Petróleo, Pesca Artesanal e o Futuro da Alimentação”;
No dia seguinte, 13, o presidente do ICMBio, Mauro Pires, a convite da Minderoo Foundation, falou sobre áreas marinhas protegidas como elemento essencial na resiliência às mudanças climáticas;
No dia 17, o coordenador territorial de Belém (GR1), Willian Fernandes, abordou o tema “Gerenciamento Costeiro no Pará: Ciência e Gestão de Territórios para o Enfrentamento às Mudanças Climáticas”;
Já no dia 19, a valorização do trabalho em campo ganhou vida na roda de conversa "As guardiãs da costa brasileira", com Zélia Brito (Atol das Rocas) e Berna Barbosa (Abrolhos), que compartilharam os bastidores da proteção de UCs marinhas, tema do longa-metragem “Maré Viva, Maré Morta”, exibido na ocasião.
Manguezais: Governança, Carbono e Povos das Marés
No dia 14, o ICMBio promoveu o painel “Manguezais e Governança Inovadora: A experiência do Sítio Ramsar do Estuário do Amazonas e seus Manguezais”. Em foco, o debate sobre governança participativa e conservação sustentável, destacando o protagonismo das comunidades locais no manejo do ecossistema;
Dia 17, Gabrielle Soeiro (CNPT) falou sobre “Manguezais, Migrações e Justiça Climática, Experiências da Costa Amazônica”. No dia seguinte, 18, a coordenadora esteve na Roda de Conversa: “Manguezais, Carbono e Justiça Climática: adaptações necessárias” e o presidente do Instituto na Roda “Petróleo, Clima e Manguezais e Povos das Marés: o que está em jogo?”.
Dia 19, Willian Fernandes (GR1) e Anna Karina Soares (CNPT), contribuíram no tema “Resex Marinhas e Costeiras: territórios que conectam a conservação de manguezais e o alcance de direitos”.
Restauração inclusiva
No dia 17, os Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação em Biodiversidade e Restauração Ecológica (CBC) e de Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), apresentaram o painel "O Papel das Unidades de Conservação Federais na Agenda da Restauração Ecológica Inclusiva", transmitido pelas redes oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU);
No dia 18, o coordenador do CBC, Alexandre Sampaio, compôs a "Agenda Restaura Brasil: conectando convenções, impactando pessoas e natureza", promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), ao qual o Instituto está vinculado como autarquia; e o analista do centro Ronald Sodré integrou o painel “Restauração florestal na Amazônia: ações e resultados sustentáveis alcançados pela cooperação", de promoção do governo do Pará.
Proteção de espécies
No dia 17, o coordenador do Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), Leandro Jerusalinsky, esteve no painel "Conservação de Primatas e Mudanças Climáticas: relações e oportunidades", além do lançamento do guia "Primatas do Pará";
No mesmo dia 17, o presidente do Instituto compôs mesa sobre a 15ª Reunião da Conferência das Partes (COP15) da Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS), que acontecerá em Campo Grande (MS), em março de 2026, e também contribuiu no tema: “Uso de Dados Genéticos para a Proteção das Espécies e o Desenvolvimento da Bioeconomia”.
Bioeconomia
No dia 13, a diretora Iara Vasco (DIMAN) participou do debate: “Mobilizando Investimentos Verdes: o Uso Sustentável da Terra, Bioeconomia e Restauração de Ecossistemas”, de promoção do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID);
No mesmo dia, a coordenadora-geral de Acesso a Políticas Públicas e Promoção das Economias da Sociobiodiversidade do ICMBio (CGPT/DISAT), Tatiana Rehder, esteve na mesa: “Bioeconomia: alavancando cadeias produtivas da sociobiodiversidade”;
Em 19 de novembro, Gabrielle Soeiro (CNPT) integrou a mesa sobre “Inclusão dos Povos Amazônicos para uma Economia de Geração de Valor: o alinhamento do desenvolvimento econômico e social com diversidade frente aos desafios ambientais da região”.
Povos e comunidades tradicionais
No dia 16, Tatiana Rehder (CGPT/DISAT) esteve no evento da Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas (CONFREM) “Escola das Marés e das Águas - Experiências de Educação Diferenciadas”;
No dia seguinte, 17, a diretora Katia Torres (DISAT) dialogou e apresentou o Plano de Educação Ambiental para a Juventude de Povos e Comunidades Tradicionais em UCs no evento “Juventudes CONFREM e outras juventudes na luta pela justiça climática”;
Já no dia 18, o presidente Mauro Pires esteve, junto à presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana, e da ministra dos Povos Indígenas (MPI), Sônia Guajajara, no painel “Territórios Vivos, Futuros Possíveis”;
No dia seguinte, 19, Tatiana Rehder (CGPT/DISAT) participou do painel “Sistema Alimentar da Pesca Artesanal: soluções da Amazônia e da Mata Atlântica para um oceano em equilíbrio”.
Fiscalização e Manejo Integrado do Fogo
A analista ponto focal em manejo integrado do fogo, Bianca Coelho (GR1), esteve em diversas mesas: no dia 13, falou sobre “Integração de esforços: da gestão às comunidades” e “Gestão do Fogo nos Estados da Amazônia”, e no dia 16, contribuiu nos “Diálogos do Piroceno”;
Dia 19, Ricardo Brochardo, coordenador-geral de Proteção (CGPRO/DIMAN), a convite do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), contribuiu nos debates sobre: “Avanços e Desafios na Implementação do Manejo Integrado do Fogo”;
Já no dia 21, o presidente do Instituto Chico Mendes e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, compuseram a mesa: “Fiscalização Ambiental em Ação: resultados e desafios no combate ao desmatamento”.
Turismo sustentável
No dia 14, o ICMBio participou de um momento histórico para o turismo de base comunitária. Na COP30, foi inaugurada a Trilha Amazônia Atlântica, a maior trilha sinalizada da América Latina. Ao longo de 468 quilômetros no estado do Pará, a Trilha conecta 13 áreas protegidas, dentre elas, quatro UCs Federais. A coordenadora geral de Uso Público e Serviços Ambientais (CGEUP/DIMAN) do ICMBio, Carla Guaitanele, acompanhou a agenda.
Investimentos e parcerias público-privadas
No dia 15, o presidente Mauro Pires participou da mesa promovida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre Concessões e o uso sustentável da floresta, explorando o potencial de parcerias com o setor privado;
Em 17 de novembro, o presidente foi convidado pela Caixa Econômica Federal para a mesa sobre o “Fundo de Compensação Ambiental: Solução para Políticas Sustentáveis”.
Comunicação ICMBio
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