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Ibama combate extração ilegal de madeira no Xingu e interdita garimpo que poluía rio em terra indígena no Pará
Madeira extraída ilegalmente na Terra Indígena Parque do Xingu - Foto: Fiscalização/Ibama
Brasília/DF (09/07/2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou, em diferentes frentes de fiscalização, ações contra crimes ambientais em territórios indígenas da Amazônia Legal. As operações ocorreram após recebimento de denúncias de moradores das regiões.
No estado de Mato Grosso, imagens de satélite analisadas pelo Instituto identificaram indícios de extração ilegal de madeira na Terra Indígena Parque do Xingu. Equipes do Ibama foram deslocadas até o local e confirmaram a intensa exploração florestal, com retirada de madeira destinada a serrarias do município de Alta Floresta (MT). Durante a ação, foram inutilizados três tratores, uma pá carregadeira e dois caminhões adaptados para transporte de madeira, todos utilizados na atividade ilegal.

- Material usado na exploração ilegal da madeira foi inutilizado para combater o crime ambiental - Foto: Fiscalização/Ibama
Os responsáveis responderão a auto de infração com base no artigo 47 do Decreto nº 6.514/2008, por explorar recursos naturais em terras indígenas sem autorização. A exploração ilegal de madeira representa uma grave ameaça às comunidades originárias, à biodiversidade e ao equilíbrio dos ecossistemas da região.
Já no Pará, a denúncia recebida apontava que garimpos situados nas imediações da Terra Indígena Menkragnoti estariam poluindo o rio Pixaxa, impactando diretamente a saúde das comunidades indígenas que vivem às margens do rio. Após deslocamento da equipe de fiscalização, foi confirmada a presença de lavras ilegais, com uso de mercúrio metálico e implantação de cianetação – técnica altamente tóxica, empregada no processamento de ouro.
Durante a operação, foram inutilizadas uma escavadeira hidráulica, uma caminhonete, seis motores estacionários para garimpo, além da apreensão de 1 kg de mercúrio metálico, substância com forte potencial de contaminação de ambientes aquáticos e da cadeia alimentar humana.
O Instituto utiliza tecnologias de monitoramento remoto, como imagens de satélite, associadas a denúncias de redes locais para ampliar a efetividade das fiscalizações em áreas remotas e de difícil acesso.
O Ibama reforça que a participação da sociedade é fundamental no combate aos crimes ambientais. Denúncias podem ser feitas de forma anônima por meio da plataforma Fala.BR ou pela Ouvidoria do Ibama: 0800 61 8080.
Assessoria de Comunicação Social do Ibama
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