Árvore da Lua
Árvore da Lua
Os visitantes que vão à sede do Ibama, em Brasília (DF), podem conhecer a Árvore da Lua, localizada no bosque da unidade. A espécie Liquidambar styraciflua é uma árvore que pertence à família Altingiaceae. É nativa de áreas temperadas do leste da América do Norte e das regiões tropicais montanhosas do México e da América Central.
Por que “da Lua”?
O nome “Árvore da Lua”, dado ao exemplar no Bosque do Ibama, remonta à Missão Apolo 14, da agência espacial americana Nasa, realizada em 1971. Naquela expedição, os astronautas levaram para o espaço sementes de árvores, com objetivo de avaliar o efeito da gravidade zero e da alta radiação sobre elas. Enquanto dois astronautas estavam na Lua, o astronauta que ficou em órbita expôs as sementes. A ideia era verificar se as sementes continuariam viáveis e germinariam na volta à Terra, mesmo após a viagem espacial.
Posteriormente à Missão, diversas mudas de cinco espécies foram doadas nos anos de 1975 e 1976 para diferentes organizações dos Estados Unidos, como parte da comemoração do Bicentenário da Independência daquele país. Nos anos seguintes, as mudas que sobraram foram doadas para outros países, sendo três doadas ao Brasil.
O plantio na sede do Ibama ocorreu em 1980, ainda na época do extinto Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), que funcionava no mesmo local.
Após mais de 50 anos da Missão Apolo 14, não se identificou nenhuma diferença perceptível entre os pares de mudas de semente levadas ao espaço e as mudas de sementes terrestres, que ficaram plantadas em solo.
Imunidade ao corte
Devido à relevância da Missão Apolo 14 e da consequente necessidade de proteção da Árvore da Lua, reconhecida pela Portaria nº 13/2011 do Ibama, o exemplar na sede do instituto foi declarado imune ao corte.
A árvore é considerada um símbolo vivo que marcou a Era Espacial, representando um passo importante da humanidade em busca do desbravamento do universo.
Novo experimento brasileiro
Em 30 de março de 2006, o astronauta brasileiro Marcos Pontes partiu para a Estação Espacial Internacional, por meio da qual realizou o Experimento Brasileiro de Germinação no Espaço. O experimento da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia foi conduzido durante sete dias a bordo estação. A espécie levada por Pontes, a gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium), é uma espécie arbórea tropical ameaçada de extinção. As sementes são tolerantes a diferentes tipos de estresses, e seu processo germinativo é rápido e homogêneo, favorecendo a obtenção de resultados durante o curto período de permanência em condições de microgravidade.
Simultaneamente, a Embrapa conduziu o mesmo experimento na Terra. Comparando-se os resultados obtidos em ambos os ambientes, observou-se que o processo germinativo foi mais rápido e homogêneo em condições de microgravidade, tanto para sementes mantidas em condições de luz quanto para aquelas em ausência parcial de luz. Com o experimento, o Brasil inaugurou um novo modo de fazer ciência e de elucidar questões difíceis de responder em condições terrestres.
Duas mudas de gonçalo-alves foram doadas ao Ibama, com uma delas tendo sido plantada em 2025 por participante do Programa Ibama de Portas Abertas (Pipa) em local próximo à Árvore da Lua. As sementes dessas mudas, contudo, não foram para o espaço.
Mais informações
- Comissão A3P do Ibama, por meio do e-mail a3p.sede@ibama.gov.br. A comissão também é responsável por realizar visitas guiadas até o exemplar do Bosque do Ibama, mediante agendamento prévio.

