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Ibama apreende e solta 117 quelônios em operação no Parna do Jaú (AM)
Espécimes apreendidos em embarcação no AM - Foto: Divulgação/Ibama
Manaus/AM (10/10/2025) - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu 117 quelônios durante uma ação de fiscalização na base fluvial do Parque Nacional (Parna) do Jaú, no Amazonas. Os espécimes foram ocultados entre produtos regionais, que supostamente seriam comercializados em Novo Airão.
A operação, realizada em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ocorreu nessa terça-feira (7), durante monitoramento de áreas de manejo executado pelo Programa Quelônios da Amazônia (PQA), do Ibama.
Após o flagrante, o infrator foi multado em R$ 585 mil, conforme o artigo 24 do Decreto nº 6.514/2008, que impõe multas de R$ 5 mil por animal de espécie constante em listas oficiais da fauna brasileira ameaçada de extinção, como os quelônios. A embarcação também foi apreendida pelas equipes de fiscalização.
Os animais foram examinados por especialistas que estavam na operação, os quais constataram bom estado de saúde dos quelônios. Dessa forma, a soltura dos espécimes foi realizada na própria base dentro do Parque.
O Parna do Jaú é uma Unidade de Conservação Federal de proteção integral sob gestão do ICMBio. Com 2,3 milhões de hectares, abrange os municípios de Novo Airão (AM), Barcelos (AM) e Caracaraí (RR).
"A região é altamente relevante para a conservação da natureza na Amazônia. Não podemos permitir que crimes ambientais ocorram no Parque Nacional. O Ibama e ICMBio atuarão juntos e de forma intensa para impedir novas agressões à natureza", afirma o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo.
PQA do Ibama
O Programa Quelônios da Amazônia (PQA), gerido pelo Ibama, é a maior iniciativa de conservação de fauna em vida livre do mundo, com foco na proteção de três espécies: tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), tracajá (Podocnemis unifilis) e pitiú (Podocnemis sextuberculata). Criado em 1979, o Programa contribui significativamente para a preservação das tartarugas em toda a Amazônia Legal, tendo sido responsável pela soltura de mais de 100 milhões de filhotes.
As ações acontecem ao longo da bacia dos rios Amazonas e Araguaia/Tocantins, unindo estratégias de manejo conservacionista, pesquisa, capacitação, educação ambiental e fiscalização. O objetivo é promover o desenvolvimento social para garantir um futuro mais sustentável e equilibrado entre a fauna amazônica e as comunidades ribeirinhas que têm convívio com as espécies.
Em setembro, o Ibama já havia apreendido 335 quelônios durante uma operação integrada no estado do Amazonas. Além das ações de fiscalização, atividades de educação ambiental visando conscientizar as populações locais a respeito da conservação da espécie também são frequentemente realizadas pelas equipes do Instituto.
Assessoria de Comunicação Social do Ibama
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