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SIPRON
10 Anos do Acidente Nuclear de Fukushima
10 Anos do Acidente Nuclear em Fukushima.
Há dez anos, um forte terremoto sacudiu o leste do Japão. Sua força foi capaz de movimentar a Terra em seu eixo e o arquipélago japonês foi deslocado em 2.5 cm. A Usina Nuclear Daiichi, em Fukushima, reagiu exatamente conforme projetada, sendo desligada automaticamente. As barras de controle foram inseridas no núcleo do reator e o sistema de resfriamento entrou em funcionamento. No entanto, cerca de uma hora depois, um imenso tsunami varreu parte do país e causou danos nas barreiras de segurança de Daiichi.
Embora os danos tenham causado a liberação de material radioativo para o meio ambiente, não ocorreram vítimas fatais devido ao acidente nuclear.
O acidente despertou a atenção da comunidade internacional. Poucos dias depois do tsunami, uma equipe de especialistas da AIEA voou para o Japão com a missão de prestar assistência.
A comunidade nuclear internacional dispendeu centenas de homens-hora e milhares de páginas de dados e conhecimento, visando aprimorar os aspectos relacionados à segurança das usinas nucleares em todo o planeta. Como consequência, os operadores nucleares reavaliaram seus reatores e fizeram as atualizações necessárias, resultando não apenas em melhorias concretas na segurança das instalações nucleares, mas também na cultura de segurança, tornando-a mais robusta e sustentável.
No Brasil, várias melhorias foram implementadas nas usinas nucleares, tais como: (i) Disponibilidade de equipamentos móveis para alimentação dos Geradores de Vapor, armazenados em local próximo às usinas e fora do alcance dos eventos que poderiam atingir as instalações; (ii) Instalação de Recombinadores Catalíticos Passivos de Hidrogênio para controle da concentração de H2 no interior da Contenção em situação de Acidente Severos; (iii) Melhoria das instalações e da comunicação entre Centros de Emergência da Central; (iv) Melhoria do realismo dos exercícios internos do Plano de Emergência Local e (vi) Revisão e emissão de novos procedimentos de emergência. Acrescenta-se a atualização de algumas normas emitidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear também foram atualizadas.
Desta forma, a estrutura do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON), cujo órgão central é o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, acompanhou as mudanças advindas das lições identificadas em Fukushima. A operação segura das instalações nucleares é a chave para a expansão da energia nuclear, uma vez que contribui para a estabilização do clima e, ao mesmo tempo, permite que economias e sociedades prosperem de forma estável e sustentável, por meio de uma fonte de energia livre de carbono.