COP30: Ministério da Defesa integra plano estratégico de segurança

Belém (PA), 11/11/2025 – Em um esforço coordenado de segurança nacional, o Ministério da Defesa integra o Plano Estratégico Integrado de Segurança (PEIS) da COP30, atuando em articulação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e demais órgãos federais, estaduais e municipais. A operação mobiliza todas as forças de segurança pública e defesa nacional, com o objetivo de assegurar a ordem, proteger os participantes e garantir o pleno funcionamento da 30ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

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Realizada em Belém (PA), a COP30 reúne representantes de cerca de 140 países e é considerada de elevado interesse estratégico para o Brasil e para a comunidade internacional. Diante da magnitude do evento, as Forças Armadas foram acionadas por meio da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), conforme previsto no Decreto nº 12.704, publicado no Diário Oficial da União.

Aproximadamente 7.500 militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea estão mobilizados na capital paraense. O emprego das Forças Armadas em operações de GLO é de competência exclusiva do Presidente da República, conforme o Decreto nº 3.897/2001. Um dos empregos ocorre em situações excepcionais, como grandes eventos oficiais ou públicos que envolvem chefes de Estado e delegações estrangeiras. O apoio já foi prestado em ocasiões como a Copa do Mundo em 2014, os Jogos Olímpicos em 2016 e as Cúpulas dos BRICS e do G20 em 2024.

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Segundo o Comandante Operacional Conjunto Marajoara, General de Brigada José Ricardo Vendramin Nunes, as Forças Armadas concentram sua atuação em duas frentes principais: a proteção de infraestruturas estratégicas - como hidrelétricas, subestações de energia e sistemas essenciais - e o apoio subsidiário à segurança pública, em articulação com os órgãos estaduais e federais. “A complexidade é essa miríade de atores diferentes que tem que ser conciliados em torno de objetivos comuns. Os nossos, que são conciliados com a segurança pública, nós temos basicamente aí duas linhas de trabalho: a proteção de infraestrutura estratégica e o apoio à segurança pública.”

Comando Operacional Conjunto Marajoara

O Comando Operacional Conjunto Marajoara é responsável pela coordenação das ações das Forças Armadas, que incluem segurança, proteção de infraestruturas estratégicas e essenciais, apoio logístico e escoltas de autoridades e delegações. A operação envolve 525 viaturas terrestres, 18 blindados, 5 helicópteros, 58 embarcações e 97 motocicletas, além de estruturas de apoio como alojamentos, postos médicos e centros logísticos.

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A segurança da COP30 é estruturada em um modelo de integração entre diferentes esferas de governo, com participação da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, da Casa Civil, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Pará e da Guarda Civil Municipal de Belém.

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A fase de concentração das Forças Armadas foi concluída em 27 de outubro, com o deslocamento de tropas e equipamentos de diversas regiões do país. Entre os meios empregados está o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, da Marinha do Brasil, atracado no cais da Ocrim, próximo ao Ver-o-Rio. A embarcação transportou veículos e equipamentos de apoio e serve como plataforma operacional na área metropolitana de Belém. 

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O Exército Brasileiro reforçou o contingente com viaturas blindadas Guarani. A Força Aérea Brasileira participa com aeronaves de caça, de vigilância e com o KC-390 Millennium, utilizado para reabastecimento em voo. Helicópteros também estão empregados em missões de busca e salvamento e transporte de equipes para medidas de controle de solo. Parte dos meios e militares empregados na COP30 também foram utilizados na Operação Atlas Armas Combinadas, o que permitiu a otimização logística e operacional.

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As ações de GLO durante a COP30 abrangem o perímetro externo do Parque da Cidade, sede da conferência, o Aeroporto Internacional de Belém (Val-de-Cans), os portos de Belém, Outeiro e Miramar, subestações de energia e estações de tratamento de água, as principais vias de deslocamento das comitivas, as águas jurisdicionais da região, além das usinas hidrelétricas de Belo Monte e de Tucuruí.

Por Jussara Santos
Fotos: Érico Alves

Assessoria Especial de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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