Sebrae e CVM se unem pela educação financeira de professores, jovens, mulheres e públicos vulneráveis no Brasil

Professores da Educação Básica de todo o Brasil, serão alcançados pelo Programa de Educação Financeira para Escolas de Ensinos Fundamental e Médio, desenvolvido pelo Sebrae e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os conteúdos elaborados por meio desta parceria passam a compor o Programa Nacional de Educação Financeira nas Escolas, lançado ontem (17/08), em Brasília, pelo Ministério da Educação (MEC). As capacitações dos professores começaram esta semana e serão oferecidas no portal do Programa http://www.edufinanceiranaescola.gov.br e por meio do link https://cvmead.sebrae.com.br/.

A cooperação entre o Sebrae e a CVM tem o objetivo de capacitar os educadores para a abordagem mais efetiva do tema com estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio. A jornada começou com o curso para professores da 1ª Série do Ensino Médio, disponibilizado ontem (17/8). O curso para professores do 9º ano do Ensino Fundamental será publicado em 1º de setembro próximo.

“Vamos oferecer aos educadores metodologias e ferramentas práticas para que possam orientar os jovens e capacitá-los a lidar com assuntos financeiros de forma autônoma e consciente”, afirma Afonso Maria Rocha, superintendente do Sebrae Minas.

Essa autonomia, reforça o diretor, é condição fundamental para que os jovens entendam, desde cedo, a importância de fazer um planejamento financeiro, seja no âmbito pessoal, doméstico ou empresarial, para que possam, assim, tomar decisões econômicas mais acertadas.

“Por meio do programa, professores serão capacitados para orientar e incentivar seus alunos a descobrirem e a colocarem em prática seus projetos de vida, percebendo sempre a importância de ter um comportamento financeiro saudável, entre outras atitudes empreendedoras, para alcançarem seus objetivos”, reforça o diretor.

A parceria faz parte das ações do Sebrae para promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento econômico local e para incentivar a educação empreendedora e financeira nas escolas.

Saúde financeira

O número de brasileiros endividados bateu recorde histórico em julho, de acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O estudo mostra que 71,4% do total dos consumidores estavam endividados, uma alta de 1,7 ponto percentual em relação a junho e de 4 pontos percentuais quando comparado a um ano atrás.

“As ações para fomentar a educação financeira nas escolas são estratégicas para garantir um futuro financeiramente mais saudável para toda a população. As futuras gerações de consumidores financeiros e investidores são formadas nas escolas brasileiras, públicas e privadas”, enfatiza José Alexandre Vasco, Superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM.

De acordo com o superintendente da CVM, o programa vai trabalhar as bases para a formação de uma cultura de poupança, organização financeira e melhoria de bem-estar social. “O desenvolvimento econômico e inclusivo e a ampliação do acesso ao capital dependem da educação financeira que estamos oferecendo hoje às crianças e aos jovens”, reforça Vasco.

Vulnerabilidade

Além do programa de educação financeira, que vai alcançar professores do 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio, a parceria entre o Sebrae e a CVM abrange iniciativas de capacitação de outros públicos em vulnerabilidade econômica e social, entre eles mulheres e migrantes.

Outras ações serão contempladas no acordo, como o incentivo ao letramento digital de professores, além de ações voltadas para mulheres e públicos economicamente vulneráveis, buscando sua inclusão produtiva. Ainda no âmbito da parceria, o Sebrae Minas passa a compor a Rede de Excelência em Educação Financeira para Minas Gerais e Região Sudeste, criada pela CVM.

“Por meio do Centro de Excelência em Educação Financeira, juntamente com a CVM e as outras quatro instituições membros espalhadas pelo país, o Sebrae Minas contribuirá para a promoção de comportamentos e atitudes financeiras mais saudáveis, conscientes e sustentáveis junto aos diversos públicos atendidos”, reforça Afonso Maria Rocha.

As duas instituições estão elaborando conteúdos que serão disponibilizados, gratuitamente, em plataformas digitais e em diferentes formatos, para os públicos que serão alcançados pelos programas de educação financeira.

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