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Projetos com recursos de multas ambientais recuperarão 1.300 hectares de Mata Atlântica em SC
Área de Mata Atlântica em SC é recuperada com projetos viabilizados por meio de conversão de multas - Foto: Ibama/SC
Florianópolis/SC (23/06/2025) – Um programa de recuperação de áreas degradadas, inédito em Santa Catarina, é conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em área de Mata Atlântica no estado.

- Diretora da DBFlo (Ibama), Lívia Martins, participa do programa de recuperação de áreas degradadas - Foto: Ibama/SC
A iniciativa surgiu a partir de uma Ação Civil Pública e foi inaugurada com o Chamamento Público nº2/2018, instrumento de seleção por meio do qual foram escolhidos projetos cujos recursos, procedentes do Programa de Conversão de Multas Ambientais, serão aplicados na recuperação de quase 1.300 hectares de floresta nativa do bioma, em 16 municípios catarinenses. Serão contempladas áreas prioritárias como reservas legais de projetos de assentamento, unidades de conservação federais e Estaduais, além de terras indígenas. A floresta nativa total a ser recuperada equivale a cerca de dez vezes a área desmatada apenas em 2024 em Santa Catarina.
“O projeto foi prontamente aprimorado pela Superintendência do Ibama em Santa Catarina, que o transformou em uma oportunidade concreta de promover a recuperação ambiental e a justiça socioambiental”, explica a analista ambiental Lucila Cláudia Lago, que participa da condução do processo.

- Ibama participa de programa de recuperação de áreas degradadas, inédito em Santa Catarina - Foto: Ibama/SC
Além dos benefícios ambientais diretos, o programa tem fortalecido parcerias com instituições como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por exemplo, para viabilizar o plantio de mudas na recuperação da vegetação. Há, também, um aprimoramento do diálogo e da cooperação com o Ministério Público Federal (MPF), com a Justiça Federal e com o Instituto Socioambiental (ISA).
Dentre os diversos resultados esperados, destaca-se o incentivo à pesquisa científica aplicada, com foco na reprodução do xaxim (Dicksonia sellowiana), espécie nativa ameaçada de extinção, reforçando a relevância ecológica da iniciativa. “Esperamos que a comunidade do entorno seja envolvida e, no caso dos assentamentos, essa recuperação da reserva legal possa trazer alternativas de uso sustentável, principalmente pelo plantio de araucária, espécie que fornece o pinhão, produto muito explorado comercialmente”, disse Lucila.
Com previsão de execução durante oito anos, os projetos são acompanhados por equipes multidisciplinares de servidores da Superintendência do Ibama, com o reforço de equipes de outras unidades do Instituto. A iniciativa tem se consolidado como um exemplo da capacidade da autarquia em gerenciar projetos de reflorestamento em larga escala, sendo motivo de orgulho institucional e gerando impactos positivos no meio ambiente e na vida da população de Santa Catarina.
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