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Ibama vistoria maior embarcação de pesquisa sísmica do mundo
Embarcação norueguesa Ranform Titan com tecnologia de ponta para utilização em pesquisa sísmica - Foto: Dilic/Ibama
Rio de Janeiro/RJ (11/11/2025) - Equipe da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vistoriou, na última sexta-feira (7), o maior navio de pesquisa sísmica do mundo. De propriedade da empresa de aquisição de dados sísmicos TGS, a embarcação Ranform Titan estava na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, para manutenção e abastecimento.
Durante a inspeção foi avaliado o atendimento das condicionantes estabelecidas na Licença de Pesquisa Sísmica emitida pelo Ibama para operação na Bacia Sedimentar de Pelotas, no sul do país. O início da atividade está previsto para 24 de novembro.
O Brasil está na vanguarda mundial do licenciamento ambiental das atividades de pesquisa sísmica. O arcabouço regulatório do país destaca-se como um dos mais completos, buscando avaliar e mitigar os impactos das atividades sobre todos os meios afetados pela atividade.
A Licença de Pesquisa Sísmica contém um conjunto de medidas mitigadoras e condicionantes ambientais que abrangem desde componentes biológicos sensíveis até instalações do próprio navio: deve haver o gerenciamento dos resíduos sólidos gerados a bordo e das emissões atmosféricas, o controle de espécies exóticas invasoras, a mitigação das emissões acústicas sobre cetáceos e tartarugas e capacitação dos trabalhadores para adoção de condutas sustentáveis na embarcação, além de procedimentos para redução de conflitos de uso do espaço marinho com atividades pesqueiras.
Alguns dos projetos exigidos para emissão e validade da licença envolvem a implementação de meios que evitem a colisão de aves com estruturas rebocadas pela embarcação, o monitoramento e reabilitação de animais marinhos encalhados em praias próximas à operação e a avaliação de padrões de ocorrência de mamíferos aquáticos oceânicos mergulhadores de profundidade por meio de monitoramento por telemetria satelital. Tais medidas, além de buscarem que a atividade se desenvolva de maneira mais sustentável, contribuem significativamente para a ampliação do conhecimento sobre a biodiversidade marinha brasileira.
Pesquisa sísmica
As atividades de pesquisa sísmica marítima constituem a primeira etapa da cadeia de exploração de petróleo e gás natural. Por meio de canhões de ar comprimido rebocados pela embarcação, são emitidos pulsos acústicos que se propagam pelas camadas geológicas da subsuperfície do leito marinho. O eco resultante da propagação acústica é captado por hidrofones também rebocados pela embarcação sísmica. O processamento dos dados acústicos refletidos gera o mapeamento do subsolo marinho e orienta a etapa exploratória seguinte, de perfuração de poços de petróleo, quando se atingem os reservatórios visando confirmar a existência de hidrocarbonetos em volume e qualidade para a implementar um projeto de produção.
O Ranform Titan
O navio sísmico, de origem norueguesa, possui tecnologia avançada de lançamento e recolhimento dos petrechos de emissão e captação acústica rebocados: 24 bobinas de serpentina e seis lanças de manuseio de matriz de fonte independente. Essa configuração possibilita que a operação seja otimizada, aproveitando melhor as janelas climática e operacional.
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