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Dia Mundial do Albatroz: Os desafios para a conservação dos albatrozes
Albatroz-de-Tristão, uma das espécies que visitam a costa brasileira - Foto: Gabriel Canani Sampaio, Leonardo Martí/Projeto Albatroz
Brasília/DF (23/06/2025) - Os desafios enfrentados para conservação dos albatrozes e petréis é o tema da campanha realizada pelo Acordo Internacional para Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP), do qual o Brasil é signatário, desde 2008, em decorrência ao Dia Mundial do Albatroz, comemorado no dia 19 de junho. No Brasil, existem seis espécies que podem ser avistadas no território marinho nacional, todas elas se encontram na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) em diferentes níveis entre ameaçadas, em perigo de extinção e vulneráveis.

- Albatroz-de-sobrancelha-negra durante voo - Foto: Gabriel Canani Sampaio, Leonardo Martí/Projeto Albatroz
Este ano, a data lança luz sobre o alarmante impacto das doenças, particularmente da Influenza Aviária Altamente Patogênica (gripe aviária), sobre as populações já vulneráveis de albatrozes. O atual surto global de gripe aviária já resultou na morte de milhares de aves silvestres, aproximando várias espécies da extinção. Estima-se que dezenas de espécies de albatrozes e petréis tenham sido afetadas pela gripe aviária em todo o mundo.
Esses animais, reconhecidos por seus voos longos por oceanos ao redor do globo, desempenham papel fundamental para a manutenção dos ecossistemas marinhos, isso porque, são animais considerados topos de cadeia, ou seja, não possuem predadores por perto, então essas aves se alimentam de peixes, lulas e outros organismos marinhos e, ao excretar resíduos, contribuem para o ciclo de nutrientes, devolvendo nutrientes vitais ao oceano. Além disso, os albatrozes servem como indicadores da saúde do oceano, podendo sinalizar mudanças nas populações de peixes e/ou problemas ambientais mais amplos, como mudanças climáticas ou poluição.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), através das fiscalizações de pesca de espinhel, onde são utilizados vários linhas secundárias com anzóis em cada ponta vinculadas à uma linha principal de pesca simulando uma espinha, busca mitigar a captura das aves nas atividades pesqueiras. Essas ações fazem parte do Plano de Ação Nacional de Conservação de Albatrozes e Petréis (Planacap) elaborado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com a autarquia e outras instituições ambientais, com o intuito de foi proteger as aves residentes, consideradas como aquelas que se reproduzem em território brasileiro, e as migratórias que, apesar de não se reproduzirem no Brasil, frequentam a costa brasileira vindo de ilhas distantes para aqui se alimentarem.
Para mais informações sobre a campanha visite o site do ACAP.
Assessoria de Comunicação Social do Ibama
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