Notícias
Retirada das bombonas de agrotóxicos no rio Tocantins
Brasília (21/01/2025) - O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comunica que, provavelmente até o final de abril (deste ano), não será possível fazer a retirada das bombonas de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins. O material foi parar no leito do rio após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, situada entre os municípios de Estreito/MA e Aguiarnópolis/TO, na BR-226 (Rodovia Belém-Brasília), em 22 de dezembro de 2024.
Na queda, duas carretas com ácido sulfúrico e uma carregada com agrotóxicos caíram com a ponte.
Para o atendimento à emergência, as empresas transportadoras de produtos perigosos e a empresa dona da carga de agrotóxicos, contrataram empresas de resposta a emergências químicas.
Foram realizados mergulhos no mês de janeiro, até o dia 9 do mês, com a retirada de 29 bombonas com 20 litros de agrotóxicos, cada.
A partir do dia 10 de janeiro os trabalhos de mergulho e retiradas das bombonas foram suspensos devido ao aumento de vazão de água da UHE, impossibilitando operações para continuidade da retirada dos recipientes com agrotóxicos.
Considerando as dificuldades relacionadas à profundidade do rio no local do acidente, mais de 40m, a vazão de água, visibilidade entre outros aspectos, estimou-se a necessidade de 145 dias de mergulhos para a retirada de todo o material do leito do rio, conforme indicado no Plano de Mergulho da Empresa Port Ship, contratada pela Ambipar para a atividade.
A realização de mergulhos no local só é possível (de maneira segura e eficaz) quando a vazão do rio está em aproximadamente 1.000 m³/s. Está vazão só é possível por ações de controle realizados pela UHE Estreito, controlada pelo Consórcio Estreito Energia - Ceste.
Com o aumento da vazão, todas as ações de mergulho ficam prejudicadas. Conforme o boletim de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio Tocantins do dia 15/01/25, emitido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a vazão de defluência a jusante da barragem estava em 7.532 m³/s, bem acima dos 1.000 m³/s.
Com o aumento da vazão do rio Tocantins, é esperado que as bombonas se desloquem da área do acidente, podendo insurgir em localidades distantes. Diante dessa possibilidade, foi solicitado ao Consórcio Estreito Energia (Ceste) apresentação de previsão da vazão à jusante da UHE Estreito e previsão de abertura de possíveis janelas para mergulho, com o controle da vazão para próximo a 1.000 m³/s.
Em resposta, o Ceste informou não ser possível garantir janelas de mergulhos no período úmido, que se estende até final de abril. Com a perspectiva apresentada pelo Consórcio Estreito Energia, os trabalhos que envolvem mergulho deverão ficar suspensos até alteração do cenário.
Assessoria de Comunicação do Ibama