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Inscrições abertas para seminário sobre mexilhão-dourado, em Belém
Belém/PA (23/05/2024) - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizará, nos dias 17 e 18 de junho, o 1° Seminário Mexilhão-Dourado no Estado do Pará – Desafios e Perspectivas, com foco nos problemas socioambientais causados pela espécie invasora invasora no estado do Pará, especialmente na Bacia do rio Tocantins. O evento será aberto ao público e ocorrerá no auditório da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em Belém (PA). As inscrições podem ser realizadas por meio de formulário (link ao final da matéria).
O objetivo do evento é, a partir do debate coletivo sobre a espécie, unificar e nivelar os conhecimentos sobre o tema para que possam ser pautadas soluções para os problemas relacionados, a partir de um trabalho em conjunto, de forma coordenada e integrada, entre instituições públicas e privadas, associações e cidadãos.
Sobre a espécie
A espécie Limnoperna fortunei, conhecida popularmente como mexilhão-dourado, é um molusco exótico invasor com distribuição original restrita à China, mas que chegou ao Brasil em meados de 1998, no Rio Grande do Sul. Durante os anos seguintes, foi possível encontrar exemplares da espécie em vários outros locais do território brasileiro, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia. Dessa forma, após 25 anos de sua introdução, não havia registros do molusco na região Norte do Brasil. Somente em 2023 tomou-se conhecimento, por meio das instituições de pesquisa, de que a espécie havia avançado para a bacia do rio Tocantins, no Pará.
As comunidades ribeirinhas começaram então a conviver com a espécie invasora, e muitos impactos já podiam ser observados. A pesca, principal fonte de renda dos ribeirinhos, começou a ser ameaçada devido a fatores como impacto na biodiversidade aquática e obstrução de redes de pesca e dos demais artefatos usados na atividade. Com relação à navegação e à infraestrutura ribeirinha, os problemas incluem incrustações em embarcações e em estruturas fluviais. O abastecimento de água e outros usos hídricos sofrem impactos, visto que os organismos bloqueiam tubulações e sistemas de captação. A saúde das populações ribeirinhas também causa preocupação, haja vista os relatos de micoses, cortes pelas conchas e outros problemas relacionados.
Serviço
Evento: 1° Seminário Mexilhão-Dourado no Estado do Pará – Desafios e Perspectivas
Datas:
- 17/06/2025 – 8h às 18h30
- 18/06/2025 – 8h às 18h
- Local: Auditório da Sudam – Endereço: Av. Almirante Barroso 426, Belém/PA, 66093-020
- Link para inscrições: Formulário de inscrição
Programação
Dia: 17/06/2025
- 8h às 8h30: Credenciamento
- 8h30 às 9h30: Abertura
- 9h30 às 10h30: Panorama da situação atual do mexilhão dourado no mundo, no Brasil e no Pará - Dra. Jennifer Thayane Melo de Andrade
- 11h10 às 12h10: O panorama atual no mosaico de unidades de conservação do Lago de Tucuruí - Keyla Borges, Ideflor-Bio
- 14h às 15h30h: Situação atual dos problemas enfrentados pelo mexilhão e ações tomadas - José Clodoaldo Moraes da Silva, Secretário Sema Igarapé Miri; José Nilton Coelho Rodrigues, SEMAT de Nova Ipixuna.
- 15h30 às 16h: Dados dos Estudos Preliminares conduzidos pelo Instituto Evandro Chagas - Dra Eliane Brabo de Souza e Dr. Kelson Faial
- 16h20 às 18h: Relatos dos impactos sofridos pelo mexilhão-dourado - Sr. Iracy Freitas Nunes, Baixo Tocantins
Dia: 18/06/2025
- 8h às 9h: Perspectiva de controle do mexilhão dourado e alternativas de controle em estudo - Dra. Cristiane Vieira da Cunha, UNIFESSPA
- 9h15 às 10h15: Como trabalhar a educação ambiental no contexto do mexilhão dourado? - Ana Carolina Dias Oliveira, Supes/GO
- 10h50 às 11h50h: O licenciamento ambiental e suas ações no monitoramento e educação ambiental - Felipe de Carvalho Cid, Diretoria de Licenciamento Ambiental/Ibama
- 14h às 18h: Definição das linhas de ação e dos grupos de trabalhos
Assessoria de Comunicação Social do Ibama