Nova geração da natação brasileira mostra força em Santiago 2023 e fala da importância do Bolsa Atleta em dia de quebra de recorde

Em mais um grande dia para a natação brasileira no Pan 2023, o Brasil registrou mais seis medalhas para a conta da modalidade nas finais disputadas no Centro Aquático de Santiago 2023, nesta segunda-feira (23). Destaque para os jovens nadadores do Brasil, com ouro de Guilherme Caribé e a prata de Stephanie Balducchini nos 100m livres, além do ouro de Guilherme Costa, o "Cachorrão", com direito a recorde pan-americano nos 800m livres.

A natação do Brasil soma agora 17 medalhas, sendo cinco de ouro, cinco de prata e sete de bronze, metade das medalhas do Brasil. Caso fosse um país, ocuparia o 5° lugar no quadro geral de medalhas, à frente da Colômbia.

Os investimentos do Bolsa Atleta, que atualmente vão 65% para jovens abaixo de 23 anos, deixaram sua marca nas provas de velocidade. Nos 100m livres, Stephanie Balducchini, de 19 anos, que recebe a categoria Olímpica do programa, conquistou a prata com o tempo de 54'13", em prova vencida pela canadense Maggie Macneil (53'64").

"O Bolsa Atleta ajuda bastante, motiva a treinar, faz muita diferença para os atletas. Eu, agora que estou morando sozinha, é bom ter um dinheiro pra me ajudar a comprar o que eu preciso", comentou Stephanie.

Na final masculina, Guilherme Caribé, de 20 anos, foi o primeiro nadador brasileiro a subir no ponto mais alto do pódio. Ele chegou na frente de dois atletas dos Estados Unidos e já contabiliza o terceiro ouro em Santiago. Ele recebe o Bolsa Atleta Pódio.

"Ajuda bastante todo incentivo que a gente recebe sendo muito novo. Querendo ou não, a gente recebe muita pressão por ser novo e estar performando bem, mas graças a Deus está dando tudo certo e com toda essa ajuda, eu creio que chegarei muito longe", avaliou.

Guilherme Costa garantiu mais um ouro para o Brasil nos 800m livre. Foto: Satiro Sodré/CBDA

Ouro e recorde pan-americano
Foi na final dos 800m livre masculino que a torcida brasileira fez o seu maior barulho. Guilherme Costa, 25 anos e beneficiário da Bolsa Pódio, imprimiu uma disputa braçada a braçada com o venezuelano Alfonso Mestre, até impor ritmo e abrir nos últimos 100m para vencer e estabelecer o novo recorde pan-americano em 7:53'01".

"Estou muito tranquilo, estou treinando bem, concentrado e ciente de que os resultados vão aparecer", definiu o novo recordista pan-americano.

Chuva de bronze
Nos 200m peito feminino, Gabrielle Assis, de 24 anos, faturou mais um bronze para o Brasil, com o tempo de 2:25'52, numa prova marcada pelo domínio das canadenses Sydney Pickrem, que levou o ouro numa chegada decidida na batida de mão com o tempo de 2:23'39", apenas 10 décimos de segundo à frente de Kelsey Wog.

Dominada pelas nadadoras dos Estados Unidos, Paige Madden (ouro) e Rachel Steve (prata), a disputa pelo bronze na final dos 800m livres feminino contou com a reação da brasileira Viviane Jungblut, que superou a chilena Kristel Köbrich, esperança de medalha para os donos da casa. Kristel contou com o intenso apoio da barulhenta torcida local e a presença ilustre do presidente Gabriel Boric nas tribunas.

Na última final do dia, o revezamento 4x100 medley misto do Brasil garantiu o bronze com Guilherme Basseto, João Gomes, Clarissa Rodrigues e Stephanie Balducchini.

Todos os medalhistas do dia da natação brasileira recebem o Bolsa Atleta do Governo Federal.

Nesta terça-feira (24) tem mais com as classificatórias e finais masculinas e femininas dos 50m livre, 400m medley e revezamento 4x200m livre.

Ministério do Esporte