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Dilma lança continuidade da adutora do Pajeú, obra de R$ 280 milhões, contratada pelo DNOCS
O diretor geral do DNOCS, Emerson Fernandes Daniel Júnior, assinou as ordens
de serviço para a implantação da segunda etapa da adutora do Pajeú,
segunda-feira (dia 14), em Serra Talhada, em ato liderado pela presidente Dilma
Rousseff com o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, na presença
do governador de Pernambuco, João Lira Neto. A obra deverá ser implantada em 24
meses, um investimento de R$ 280,44 milhões. Na ocasião foi inaugurada a
conclusão da primeira etapa da Adutora do Pajeú, com 197 km de tubulação que
leva água a cerca de 200 mil pessoas em sete municípios de Pernambuco.
Do total dos R$ 280,44 milhões da segunda etapa da adutora do Pajeú, R$ 88,5
milhões foram contratados à MRM Construtora para a obra e equipamentos. O
presidente da empresa, Eduardo Jorge Lima, também assinou a ordem de serviço. A
empresa Saint-Gobain foi contratada em R$ 179,94 milhões para o fornecimento de
tubos e conexões e se fez representar pelo seu presidente, David Molho, que
assinou a ordem de serviço com Emerson Daniel e Francisco Teixeira. Mais R$ 12
milhões foram contratados à empresa VBA, para fazer a supervisão da obra, disse
o diretor de Infraestrutura Hídrica do DNOCS, Glauco Mendes, presente à
solenidade.
A segunda etapa deverá atender 229.825 mil pessoas, das quais 61.147 na
Paraíba e 168.678 em Pernambuco. Com a população beneficiada na primeira etapa -
177.500 pessoas em Pernambuco - o público no estado somará 346 mil e 407,3 mil
no total, incluindo as pessoas beneficiadas com as obras da segunda etapa na
Paraíba. O orçamento de R$ 280,44 já contratado pode ser ampliado em mais R$ 30
milhões previstos para as obras das Estações de Tratamento de Água (ETA) de
Floresta e Sertânia, ambas em Pernambuco.
O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, destacou a ação do DNOCS na
pessoa da coordenadora estadual do Departamento em Pernambuco, Rosana Bezerra,
conhecedora da região e que, segundo ele, ajudou muito na execução da obra da
primeira etapa da adutora do Pajeú. Presidente do Sinpajeú, a congregação de
municípios da região do Pajeú, Luciano Duque agradeceu pela presença da
Presidente em Serra Talhada pela segunda vez – na primeira, no dia 25 de março
de 2013, foi comemorada a chegada da água do rio São Francisco pela adutora do
Pajeú, que salvou a cidade do colapso no abastecimento.
“O governo federal soube estar presente quando nós precisamos”, afirmou o
prefeito de Serra Talhada. No semiárido, na última grande estiagem, os
municípios precisaram da ajuda do Estado para não migrar e a água trazida do rio
São Francisco salvou a população, disse Luciano Duque.
Francisco Teixeira lembrou que Serra Talhada e também Afogados de Ingazeira
e outras das sete cidades atendidas na primeira etapa da adutora do Pajeú foram
salvas do colapso, e anunciou que o público a ser atendido com a conclusão da
segunda etapa da obra, que atenderá mais 14 municípios de Pernambuco e Paraíba,
vai superar 400 mil pessoas. O ministro informou que nesta terça-feira (dia 15)
será publicado no Diário Oficial da União o edital para a obra do Ramal do
Agreste, por meio de contrato na modalidade RDC (Regime Diferenciado de
Contratação) que irá beneficiar 2 milhões de habitantes na região de maior
densidade populacional do semiárido e de maior déficit hídrico.
Dilma Rouseff lembrou que diante do risco de colapso no abastecimento o
governo acelerou a obra da primeira etapa da adutora do Pajeú. “De forma firme,
fizemos o investimento necessário no primeiro trecho com 197 km de tubulações,
desde a captação em Floresta até o município de Afogados da Ingazeira. Água é
condição de sobrevivência e de vida, um bem do qual não podemos prescindir”,
disse ela, ao defender a importância da segurança hídrica, para garantir o
abastecimento em toda região semiárida do Nordeste e no país.
“É só o começo”, afirmou Dilma Rousseff ao anunciar a assinatura da ordem de
serviço para a segunda etapa da adutora do Pajeú, de Afogados da Ingazeira até
Taperoá, na Paraíba, que vai beneficiar mais 14 municípios. A presidente
informou que a obra do Ramal do Agreste, que ela chamou de Ramalzão, terá
investimento de R$ 1,37 bilhão na primeira etapa. A água será captada no eixo
Leste do Programa de Integração de Bacias do rio São Francisco (PISF) em
Sertânia, levada até o distrito de Ipojuca, em Arcoverde, e vai beneficiar 70
comunidades em 63 municípios ao longo de 71 km, com uma população de 2 milhões
de habitantes.
João Lira informou que, por delegação, o governo de Pernambuco irá construir
o Ramal do Agreste. Segundo ele, a relação institucional entre o governo
estadual e o federal “haverá de perdurar”. Na conclusão vai captar água nos dois
eixos do Projeto de Integração do rio São Francisco (PISF).