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Dnocs introduz camarão pitu no açude Pereira de Miranda
Pela primeira vez na história uma instituição fará repovoamento de um
açude com camarão pitu, espécie que está ameaçada de extinção.
Nesta quarta-feira, dia 1º, no período da manhã, o DNOCS introduzirá no
açude Pereira de Miranda (Pentecoste) uma quantidade superior a
3.000 pós-larvas de camarão pitu. Esse fato coroa um trabalho inédito
de reprodução da espécie em cativeiro que o Departamento iniciou há
dois anos no Centro de Pesquisas em Carcinicultura, localizado em
Fortaleza.
A devastação dos ecossistemas, a poluição e a pesca desordenada e
predatória a que são submetidos são as causas principais da ameaça
de extinção da espécie. Visando um aumento na produção, aquele
Centro de Carcinicultura iniciou duas linhas de pesquisas:
acasalamento e reprodução do pitu em cativeiro e o desenvolvimento de
uma tecnologia para larvicultura, cuja finalidade é restaurar estoques
em extinção e fazer repovoamento de reservatórios e outras aguadas
onde antes a espécie existia.
Os exemplares adquiridos para pesquisas são capturados em
coleções de água, principalmente no Lagamar do Cauípe e Estuário do
Rio Curu - áreas próximas à Fortaleza. As pesquisas sobre o pitu visam
a melhoria da nutrição, formação de um banco genético e
disseminação de tecnologia, em que as diretrizes são direcionadas
para uma definição de tecnologia que resulte em um cultivo sustentável
dessa espécie, em cativeiro.