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Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca: DNOCS participa de evento do Ministério do Meio Ambiente
O Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, celebrado em 17 de junho, trouxe novamente à tona os desafios enfrentados pelas regiões semiáridas e a importância da adoção de políticas públicas voltadas à preservação ambiental e à convivência com as adversidades climáticas. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), com 115 anos de história, é uma das instituições brasileiras que mais se destacam nessa pauta, tanto por sua atuação histórica na mitigação dos efeitos da seca quanto pela implementação de tecnologias que visam o uso sustentável dos recursos naturais.
Como parte das ações de sensibilização, a Chefe da Gestão Estratégica do DNOCS, Raquel Pontes, representa a Autarquia no evento em celebração à data, com o tema “Restaurar a terra. Criar oportunidades”, promovido pelo Departamento de Combate à Desertificação (DCDE), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). O evento acontece nos dias 16 e 17 de junho, na sede do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), em Campina Grande/PB.
Segundo Raquel, “o trabalho do DNOCS está intimamente ligado à agenda da desertificação porque a área de atuação da Autarquia corresponde diretamente às zonas mais afetadas por esse processo. As secas intensas, muitas vezes provocadas pelo manejo inadequado do solo, aceleram a degradação e a perda da capacidade produtiva das terras”. Ela também destaca que os custos para recuperar essas áreas são altos, o que reforça a importância da prevenção. Para ela, esse tipo de evento é essencial para “informar e sensibilizar a sociedade sobre o tema, discutindo soluções e construindo pontes entre ciência, gestão e comunidade”.
A desertificação não é apenas uma ameaça ecológica: é também um problema social e econômico, pois impacta diretamente na permanência das populações no território e pode contribuir para o êxodo rural e o surgimento dos chamados refugiados climáticos. “É um processo de degradação que esgota o solo, muitas vezes por práticas como sobrepastoreio e salinização, e precisa ser combatido com planejamento e investimentos”, reforça Raquel.
A programação do evento contou com uma visita técnica na tarde do dia 16 de junho, com deslocamento a três experiências de regeneração no semiárido, incluindo iniciativas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e propriedades com Caatinga produtiva e arbórea. No dia 17, as atividades começaram com o acolhimento ao público e uma apresentação de abertura sobre os desafios no combate à desertificação, seguida de falas de autoridades de instituições federais, estaduais e regionais. À tarde, são realizados dois painéis: o primeiro abordou práticas de restauração da Caatinga e o papel das comunidades, e o segundo foca na gestão de informações e conhecimento, destacando o panorama atual da desertificação e dados sobre o bioma Caatinga.
A atuação do DNOCS em frentes como a construção de barragens, perfuração de poços, implantação de sistemas de irrigação e monitoramento de reservatórios é estratégica não só para garantir segurança hídrica, mas também para frear a desertificação e criar um ambiente mais resiliente e sustentável para o semiárido brasileiro. Nesse contexto, a Autarquia reafirma seu papel como guardiã dos recursos naturais e aliada fundamental na construção de políticas públicas integradas ao desenvolvimento regional.