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DNOCS e a Construção de Cidades: como obras hídricas moldaram o semiárido
Ao longo de quase 116 anos de existência, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) tem desempenhado um papel estratégico no desenvolvimento sustentável do semiárido brasileiro. A atuação da Autarquia vai muito além da construção de açudes e barragens. Por meio de obras de infraestrutura hídrica, implantação de perímetros irrigados, fomento à aquicultura, abertura de estradas e ações de combate aos efeitos da seca, o DNOCS também foi responsável por impulsionar o surgimento e a consolidação de diversos municípios no Nordeste.
Em mais um episódio do quadro “Nossas Histórias”, relembramos como algumas dessas cidades nasceram diretamente a partir da atuação do DNOCS no interior do país.
Chorozinho (CE): uma cidade nascida de uma ponte

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Durante a execução do projeto, engenheiros, técnicos e operários da Autarquia instalaram-se em um acampamento denominado “Residência”. A complexidade e a relevância da obra exigiram a contratação de trabalhadores de várias localidades vizinhas, e aos poucos, o entorno do canteiro de obras foi se transformando em um povoado. Em 20 de dezembro de 1938, o então distrito de Currais Velhos, pertencente ao município de Pacajus, foi elevado à categoria de cidade, passando a se chamar Chorozinho. Hoje, o município conta com 20.163 habitantes, segundo dados do Censo Demográfico de 2022.
Forquilha (CE): desenvolvimento a partir de um açude

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Durante sua construção, o povoado de Campo Novo precisou ser desocupado, atualmente, suas ruínas podem ser vistas quando o nível da água do açude está baixo. O açude foi implantado em um distrito de Sobral e, com o tempo, atraiu novos moradores e impulsionou o crescimento da localidade. Esse movimento resultou na emancipação do distrito, que se tornou município através da Lei Estadual nº 11.012, em 5 de fevereiro de 1985. Conforme o último censo do IBGE, Forquilha abriga hoje uma população de 24.173 habitantes.
Serrolândia (BA): um marco para o norte baiano

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O crescimento da comunidade levou à sua elevação à categoria de vila pela Lei Estadual nº 628, de 30 de dezembro de 1953. Anos depois, em 23 de julho de 1962, Serrote foi oficialmente emancipada e passou a se chamar Serrolândia, conforme estabelecido pela Lei Estadual nº 1746. Atualmente, o município possui 13.335 habitantes, segundo o censo de 2022.
O DNOCS como agente de transformação
Histórias como as de Chorozinho, Forquilha e Serrolândia revelam a profunda relação entre as obras do DNOCS e o processo de urbanização no semiárido brasileiro. A Autarquia não apenas levou água às regiões castigadas pela seca, mas também proporcionou as bases para o surgimento de novas cidades, promovendo dignidade, desenvolvimento social e econômico para milhares de famílias.
Ao longo de sua trajetória, o DNOCS reafirma seu compromisso com a melhoria da qualidade de vida no semiárido, consolidando-se como um agente de transformação e progresso em toda a região.