Moreira Franco garante que aeroportos funcionarão bem na Copa e pede aprimoramento e menos elitismo ao setor aéreo

Brasília (DF) – Os aeroportos nacionais funcionarão bem durante a Copa do Mundo, garantiu hoje, no Rio, o ministro Moreira Franco, que reclamou do elitismo dos serviços aéreos no Brasil, onde falta aprimoramento nas atividades do setor, além de uma maior atuação no trabalho com cargas, como avaliou.

"Não é que eu não me preocupe com a Copa do Mundo, mas estou preocupado mesmo é em melhorar o atendimento dos passageiros no dia a dia", ressaltou o titular da Secretaria de Aviação Civil (SAC) durante o Fórum de Infraestrutura organizado pela revista Exame.

Ele acrescentou que “hoje a aviação não é mais um modal da classe dominante e não só de passageiros. É um transporte coletivo de pessoas e também de cargas”.

Apontou que os aeródromos ainda trabalham, no trato dos viajantes, como diretrizes hierárquicas que comprometem o seu desempenho em termos de agilidade, o que só mudará quando forem revisadas.

"Não tem cabimento ficar chamando passageiro ausente pelo sistema de alto-falante, você já viu isso em rodoviária, por acaso? Essa mudança cultural tem que ser promovida na operação do aeroporto", disse.

Moreira Franco considerou fundamental a sofisticação dos empresários brasileiros no sentido de compreenderem que “companhias aéreas e operadores aeroportuários precisam entender que não fazem favor aos passageiros”, segundo suas palavras.

Nessa revisão de parâmetros, projetos voltados a aumentar o uso de aeronaves e aeroportos no transporte de cargas, a fim de otimizar os custos dessas operações, é um propósito que segundo o ministro está nos planos do governo.

Agregou que outro objetivo tem a ver com o estímulo à aviação regional, pois esses voos ajudarão a alimentar os “hubs” (centros de concentração de aeronaves e conexões), além de integrar o país.

O responsável da SAC salientou que os recentes processos de privatização de aeroportos, concluídos e em curso, ajudarão a adequá-los às necessidades dos usuários do século 21, melhorar os serviços e alcançar as metas do governo.

Assegurou que as concessões dos aeroportos de Confins e Galeão serão concluídas antes do final do ano e alcançarão os mesmos êxitos obtidos com os leilões realizados em 2012 em Brasília, Guarulhos e Viracopos.

Apontou que nos aeroportos concedidos, as obras de ampliação, modernização e reforma têm prejudicado os serviços aos usuários, mas que esses problemas são temporários e serão finalizados em breve por estarem dentro do cronograma.

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