Odebrecht vence leilão da BR-163/MT com deságio de 52,03%

A empresa Odebrecht S/A venceu, nesta quarta-feira (27/11), o leilão da rodovia BR-163/MT, realizado na BM&FBOVESPA;, em São Paulo (SP). Das sete propostas recebidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na última segunda-feira (25/11), a empresa ganhadora ofereceu o menor valor de pedágio, apresentado em R$ 0,02638 por quilômetro de rodovia. A tarifa ficou 52,03% abaixo do teto estabelecido em edital, de R$ 0,05500 por quilômetro, o que agradou o ministro dos Transportes, César Borges. Segundo ele, o resultado do leilão contempla “mais uma etapa vencida, alcançando o que sempre o governo coloca como importante, que é a modicidade tarifária. Ela trará um grande beneficio para o agronegócio”.

César Borges aproveitou a ocasião para agradecer a participação dos envolvidos no leilão. “Queremos agradecer a participação do Tribunal de Contas da União (TCU) neste processo, junto com a ANTT, o diretor-geral e todos aqueles que colaboraram. Ou seja, todo o governo está envolvido neste processo para que ele tenha sucesso. Eu sou otimista e acredito no país. Eu quero ver a nossa infraestrutura recebendo cada vez mais recursos. Queremos o setor privado em parceria com o governo e vamos dar soluções  para resolver o nosso problema de logística”, garantiu o ministro.

Este é o segundo leilão de rodovias do Programa de Investimentos em Logística (PIL), do governo federal, que corresponde à 3ª etapa do programa de concessão de rodovias. A concessão da BR-163/MT vai gerar, em 30 anos, investimentos na ordem de R$ 4,6 bilhões, para o desenvolvimento de serviços de recuperação, manutenção, conservação, duplicação e implantação do contorno de Rondonópolis (MT). A rodovia está prevista no planejamento logístico de transportes como uma das principais vias de escoamento da produção das regiões Centro-Oeste, notadamente do Mato Grosso, e Norte do país.

Até o quinto ano do contrato, a concessionária deverá efetuar intervenções estruturais no pavimento e melhorias funcionais e operacionais nos demais elementos da rodovia, como reparos no pavimento e acostamento, adequação da sinalização, recuperação dos elementos de segurança, recuperação emergencial de pontes, viadutos e drenagem, implantação dos Serviços de Apoio ao Usuário – SAU, tratamento da faixa de domínio, cadastro de todos os elementos da rodovia e realização de estudos de acidentes.

A extensão do trecho concedido é de 850,9 quilômetros, entre a divisa do Mato Grosso com o Mato Grosso do Sul e Sinop (MT). Desse total, a concessionária deverá duplicar os 453,6 quilômetros que ligam a divisa a Rondonópolis (MT), somado à Rodovia dos Imigrantes (antiga MT-407, que foi federalizada como BR-070 e atravessa as áreas urbanas de Cuiabá e de Várzea Grande) e ao trecho que vai de Posto Gil a Sinop. Estima-se que a iniciativa privada desembolsará cerca de R$ 1,263 bilhão na duplicação desses trechos, que deverão ser concluídos nos primeiros cinco anos da concessão. Além disso, a empresa também deverá implantar um contorno de 10,9 quilômetros na cidade de Rondonópolis (MT), obra que custará R$ 61 milhões.

A duplicação dos 281,1 quilômetros que ligam Rondonópolis à Serra de São Vicente, somado aos trechos que vão da Serra de São Vicente até Cuiabá e do Trevo do Lagarto até Rosário do Oeste, será de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O trecho será incorporado à concessão. A Serra de São Vicente e o trecho compreendido entre Rosário do Oeste e Posto Gil já foram duplicados pelo órgão federal.

Confira na tabela abaixo o valor de deságio das propostas apresentadas no leilão da BR-163/MT:

Confira mais fotos do leilão da rodovia BR-163/MT nesta quarta-feira na BM&FBOVESPA.;

Fotos: Edsom Leite/MT