Vigitel
O Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde, juntamente com outros inquéritos, como os domiciliares e os voltados para a população escolar. Conhecer a situação de saúde da população é o primeiro passo para planejar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade destas doenças, melhorando assim a saúde da população. A pesquisa Vigitel é realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. As entrevistas telefônicas são realizadas anualmente em amostras da população adulta (18 anos ou mais) residente em domicílios com linha de telefone fixo. A partir de 2022, as entrevistas também estão sendo feitas para telefones celulares.
Início: O Vigitel foi implantado em 2006 em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal e tem como objetivo monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis por inquérito telefônico, além de descrever a evolução anual desses indicadores em nosso meio.
Temas:
- tabagismo;
- excesso de peso e obesidade;
- consumo alimentar;
- atividade física;
- consumo de bebidas alcoólicas;
- condução de veículo motorizado após consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas;
- autoavaliação do estado de saúde;
- prevenção de câncer;
- morbidade referida.
Vigitel 2023
O Ministério da Saúde lançou, no dia 18 de setembro, o Vigitel 2023. A pesquisa é realizada desde 2006 pela Pasta e apresenta um retrato da população brasileira sobre fatores de proteção e de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como hábitos alimentares, prática de atividades físicas, uso de telas, realização de exames preventivos de alguns tipos de câncer, uso nocivo de álcool, tabagismo, além de abordar DCNTs já instaladas, como diabetes e hipertensão.
O Vigitel é o inquérito de saúde brasileiro mais duradouro e ininterrupto, tanto em número de edições contínuas quanto pelo número de entrevistas coletadas. A pesquisa é realizada com uma amostra de adultos (acima de 18 anos) nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Desde 2006, foram entrevistados mais de 800 mil adultos.
O inquérito fornece informações importantes para o planejamento de políticas públicas de promoção e prevenção. Seus resultados embasaram, por exemplo, as novas metas para o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis no Brasil (Plano de DANT) 2021-2030, assim como subsidiam a avaliação de metas da agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O Vigitel 2023 será a última edição da publicação antes de passar por ajustes em sua metodologia para aperfeiçoar os dados e análises do inquérito. As principais mudanças a partir da próxima edição serão: a migração de entrevistas em sua maioria para celular, diminuindo ainda mais as ligações para telefone fixo; a inclusão de recorte raça/cor, com base nos dados populacionais do IBGE; e a ampliação do número de municípios, deixando de entrevistar moradores apenas de capitais, de forma a melhor representar a situação de cada Unidade da Federação.
Para que serve
O Vigitel faz parte das ações do Ministério da Saúde para monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Entre essas doenças incluem-se: diabetes, obesidade, câncer, doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares como hipertensão arterial, que têm grande impacto na qualidade de vida da população.
Esses grupos de doenças possuem quatro fatores de risco modificáveis em comum, também monitorados pelas pesquisas: tabagismo; alimentação não saudável; inatividade física; uso nocivo de bebidas alcoólicas. Além do acompanhamento contínuo desses quatro principais fatores de risco, diagnóstico médico de diabetes e de hipertensão arterial e exames de detecção precoce de cânceres femininos, o Vigitel também é utilizado para investigar outros temas de forma mais pontual ou temporária, conforme a necessidade.
- A proteção contra raios ultra-violetas (2007 a 2010);
- Questões relacionadas ao comportamento no trânsito (a partir de 2011);
- Ações de combate à dengue (2012);
- Questões sobre a covid-19 (2021).
O monitoramento dos fatores de risco e das principais doenças crônicas fornece informações importantes para o planejamento de políticas públicas de promoção e prevenção, além da avaliação de intervenções realizadas. Os resultados do Vigitel subsidiam o monitoramento das metas propostas no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil, 2011-2022, assim como embasam as metas do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030, o Plano Regional, o Plano de Ação Global para a Prevenção e Controle das DCNT, da Organização Mundial da Saúde, bem como das metas de DCNT referentes à agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O sigilo das informações é garantido pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) e pela Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde.
Atenção: Sua participação na pesquisa é voluntária, você não é obrigado a participar e, mesmo que comece a responder ao questionário, pode desistir da entrevista ou interrompê-la a qualquer momento. Somente ressaltamos que sua participação é muito importante para a vigilância em saúde no nosso país e para o planejamento e monitoramento das nossas ações.
Calculo de indicadores
No caso das ligações para os domicílios, as linhas consideradas elegíveis passam por uma segunda etapa da amostragem do inquérito, com sorteio de um dos adultos moradores no domicílio para responder ao questionário. Com a meta de entrevistas completas atingida, os resultados permitem inferências populacionais apenas para a população adulta que reside em domicílios cobertos pela rede de telefonia fixa. A fim de gerar estimativas para a população de cada cidade, como um todo, são atribuídos pesos finais a cada indivíduo de forma a igualar a composição sociodemográfica estimada para a população de adultos com telefone da amostra do Vigitel à composição sociodemográfica que se estima para a população adulta total da mesma cidade no mesmo ano do levantamento. Esse peso pós-estratificação foi calculado pelo método “rake”.
Divulgação dos dados
A divulgação dos resultados do Vigitel é feita ao final de cada pesquisa, por meio de relatórios e publicações do Ministério da Saúde. Os primeiros resultados são divulgados pelo próprio Ministro da Saúde em entrevistas para jornais e redes de televisão. São divulgados apenas os resultados agrupados por capital do país/região de residência, sexo, idade e nível de escolaridade. Não são analisados ou divulgados dados individuais de cada entrevistado. Os resultados da pesquisa de 2006 a 2021 podem ser encontrados na página de Publicações da SVS - Vigitel
As bases de dados do Vigitel completas, com dados de todas as capitais e DF, estão disponíveis de 2006 a 2023 na página Bases Vigitel.