Sífilis congênita
Sífilis congênita é uma infecção transmitida de gestante com sífilis não tratada ou tratada de forma inadequada para o bebê.
Por isso, é importante realizar a testagem para sífilis durante o pré-natal e, em caso de resultado positivo (reagente), tratar imediatamente gestantes e suas parcerias sexuais para evitar a transmissão vertical.
Recomenda-se a testagem de gestantes em pelo menos em três momentos, além de quando houver situações de exposições de risco:
- Primeira consulta pré-natal, idealmente no 1º trimestre de gestação;
- Terceiro trimestre de gestação;
- Momento do parto ou em casos de aborto.
Sinais e Sintomas
A maior parte dos bebês com sífilis congênita não apresentam sinais e sintomas ao nascimento. No entanto, as manifestações clínicas podem surgir até o segundo ano de vida (sífilis congênita precoce) ou após os dois anos de vida (sífilis congênita tardia).
São complicações da doença: abortamento espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência intelectual e/ou morte ao nascer.
Cuidados com a criança
Cuidados com a criança exposta à sífilis
Todas as crianças cujas mães foram diagnosticas com sífilis durante a gestação são consideradas crianças expostas à sífilis, e devem ser cuidadosamente avaliadas após o nascimento, para investigação de sífilis congênita. Elas são submetidas a diversas intervenções, que abrangem: coleta de amostras de sangue para realização de teste não treponêmico (Ex: VDRL), avaliação neurológica (incluindo punção lombar), raio-X de ossos longos, avaliação oftalmológica e audiológica.
A investigação de sífilis congênita deve acontecer na hora do parto, mas também no acompanhamento dessas crianças nas consultas de rotina, com realização de testes para sífilis, conforme protocolo do Ministério da Saúde.
Cuidados com a criança com sífilis congênita diagnosticada
Após a realização dos exames no momento do parto e/ou nas consultas de rotina da criança exposta à sífilis, caso seja diagnosticada a sífilis congênita, deve-se realizar o tratamento para cura e prevenção de complicações em decorrência da infecção.
O tratamento é realizado com penicilina cristalina ou procaína, durante 10 dias.
Prevenção
Dada que a sífilis congênita ocorre devido à transmissão da sífilis durante a gestação ou no momento do parto, a sua prevenção é realizada por meio de pré-natal de qualidade, com a oferta de preservativo interno e externo, e da testagem para sífilis, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.
Além disso, pessoas com diagnóstico de sífilis devem ser tratadas adequadamente e acompanhadas e durante a gestação, assim como suas parcerias sexuais, para evitar reinfecção após o tratamento.
Notificação
A sífilis congênita é doença de notificação compulsória regular (em até sete dias). A notificação é registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mediante o preenchimento e o envio da Ficha de Notificação/Investigação de Sífilis Congênita, que deve ser completada pelo médico ou por outro profissional de saúde no exercício de sua função. Para saber mais, acesse o Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.