Círculo dos Povos e Maloca: duas importantes iniciativas para fortalecer a participação na COP30

Os Ministérios da Igualdade Racial (MIR), dos Povos Indígenas (MPI) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), juntamente com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), firmaram parceria para a transmissão da programação do Pavilhão dos Círculos dos Povos, na Zona Verde. Com o objetivo de democratização de acesso, o espaço composto pelos três ministérios terá suas atividades transmitidas por meio da iniciativa batizada de Maloca, ferramenta desenvolvida em parceria entre a Presidência da COP e o PNUD. 

A Maloca, que também transmitirá outros eventos da COP30, é classificada como a ferramenta de metaverso oficial da conferência. Seu objetivo central é democratizar o acesso às discussões, transmitindo parte da programação presencial e abrigando eventos que ocorrerão exclusivamente no ambiente virtual, integrando-os aos debates oficiais.  

Programação – Presidido pela ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, o Círculo dos Povos visa ampliar a capacidade de escuta de demandas e contribuições de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, afrodescendentes e agricultura familiar junto à Presidência da COP30. O espaço é formado pela Comissão Internacional Indígena, também sob a liderança da ministra Sonia Guajajara, e pela Comissão Internacional de Comunidades Tradicionais, Afrodescendentes e Agricultura Familiar, coordenada pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. 

O Círculo contará com um espaço oficial dentro da Zona Verde, o Pavilhão do Círculo dos Povos, com uma série de atividades para debater a vivência e experiências desses poivis como caminhos para a busca de soluções no combate à emergência climática global, que poderá ser vista por meio da Maloca.   

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Como funciona a imersão digital – A estrutura da Maloca consiste em ambientes virtuais distintos, onde os participantes podem interagir por meio de avatares. As instituições têm espaço para realizar eventos e promover o engajamento em soluções climáticas. Os usuários podem assistir a apresentações e vídeos em telões virtuais e interagir em tempo real com palestrantes e outros participantes. 

Um dos diferenciais técnicos é o recurso de tradução simultânea via inteligência artificial, que cobre os seis idiomas oficiais da ONU (inglês, francês, espanhol, russo, árabe e chinês), além do português. 

Acesso – Para garantir a segurança, o acesso à plataforma, que permanece aberta 24 horas para contemplar diferentes fusos horários, exige um cadastro obrigatório. Convidados por instituições organizadoras de eventos devem entrar na Maloca, criar um avatar e finalizar seu registro. Interessados sem um convite direto devem acessar a plataforma para obter informações sobre o processo de inscrição por meio do link: https://www.routetobelem.com/maloca. 

A Maloca integra o projeto Route to Belém, uma parceria entre o PNUD e a Secretaria de Clima, Meio Ambiente e Energia (Seclima) do Itamaraty, destinada a apoiar a presidência brasileira da COP 30. A plataforma foi lançada durante a Semana do Clima da ONU em Nova York e, desde então, já sediou dezenas de eventos e registrou mais de 4 mil acessos, consolidando-se como uma ferramenta ativa na discussão climática global.