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Servidora do ICMBio é homenageada com título de Doutora Honoris Causa pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
A servidora ICMBio, Zélia Brito, durante a cerimônia em que recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) - Foto: Divulgação/ICMBio
A servidora do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Zélia Brito, que atua na Reserva Biológica do Atol das Rocas, recebeu o título de Doutora Honoris Causa concedido pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). A homenagem reconhece sua trajetória de quase 35 anos dedicados à conservação marinha e à proteção do único atol do Oceano Atlântico Sul, a primeira unidade de conservação (UC) marinha criada no Brasil.
O título de Doutor Honoris Causa é uma das mais altas distinções concedidas por universidades, destinada a personalidades que se destacaram em alguma área do conhecimento humano, como cultura, educação, ciências, humanidades, letras ou artes. No caso de Zélia, o reconhecimento reflete o impacto de uma vida inteira dedicada à conservação da biodiversidade e ao fortalecimento da gestão ambiental no país.
“Me sinto feliz em saber que as ações em prol da conservação marinha também me fazem colher frutos na vida pessoal, mas sei que isso só foi possível por causa da minha trajetória profissional. Sou pura gratidão”, afirmou a Doutora Honoris Causa.
A cerimônia de entrega foi marcada pela emoção e pela celebração de uma caminhada singular. Vestir a beca e ouvir seu nome ser chamado como Doutora Honoris Causa, segundo Zélia, foi um momento de profunda realização. Ela conta que, durante toda a solenidade, lembrou de tudo o que viveu ao lado do Atol das Rocas, os desafios, as vitórias e a força que a mantiveram firme na missão de proteger aquele ecossistema tão especial. “A UERN me ressignificou como pessoa, como profissional e como cidadã. Nossa história está sendo conhecida, e ela é cheia de emoções, resiliência, dedicação e abnegação”, disse.
Ao longo de sua carreira, Zélia se destacou em diferentes frentes da conservação: fiscalização, monitoramento ambiental, apoio a pesquisas científicas e ações de educação ambiental. O convívio com pesquisadores e a vivência diária na unidade consolidaram seu conhecimento sobre o funcionamento e as necessidades do Atol das Rocas. “O meu propósito de vida é cuidar de uma UC. Estudo muito o local onde trabalho, com o apoio de muitas pessoas. A educação muda vidas, e me sinto uma prova viva disso”, ressalta.
Mesmo sem ter seguido o caminho acadêmico tradicional, Zélia construiu um saber prático e profundo, reconhecido agora por uma universidade pública como equivalente a uma trajetória científica. Orgulhosa de representar o ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), ela dedica o título a todos que acreditaram em sua caminhada. “A Zélia do Atol teve o seu trabalho reconhecido como se fosse uma tese. Isso é motivo de muita alegria e gratidão. É um baita presente adiantado para os meus 60 anos de vida”, celebra.
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