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Parque Nacional da Lagoa do Peixe promove o 16° Festival Brasileiro das Aves Migratórias em Mostardas (RS)
O maçarico-branco é uma ave migratória que é frequentemente encontrada em bandos nas praias do município de Mostardas - Foto: Divulgação Parna Lagoa do Peixe
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe, gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realizou, entre os dias 20 e 23 de novembro, o 16º Festival Brasileiro das Aves Migratórias. Em parceria com o Município de Mostardas (RS), o evento celebrou a chegada das aves que percorrem milhares de quilômetros em suas rotas e encontram no parque um refúgio essencial para descanso e alimentação.
O Festival é reconhecido nacionalmente e tem grande relevância nas discussões sobre a migração de aves dos hemisférios norte e sul que utilizam a região da Lagoa do Peixe. Em quatro dias, o evento mobilizou a cidade, atraindo mais de 150 participantes em palestras e, adicionalmente, cerca de 250 crianças em oficinas práticas.
Criado em 1986, o Parque protege um ambiente que abriga cerca de 150 espécies, incluindo diversas migratórias e outras ameaçadas de extinção. Como um dos principais destinos brasileiros para observação de aves, o local também é motor para geração de rende local, por meio do ecoturismo nos municípios gaúchos de Mostardas e Tavares.
Ciência, Prática e Conscientização
A programação do Festival contou com palestras que abordaram desde o monitoramento remoto do maçarico-de-papo-vermelho e a influência de microplásticos em aves costeiras, até o tema da gripe aviária.
Já as oficinas permitiram que o público aprofundasse conhecimentos por meio de atividades práticas em áreas como educação ambiental, identificação de aves limícolas, conservação e reabilitação de fauna marinha e observação de aves para iniciantes e pintura em aquarela.
Cultura e Ecoturismo na Praça Central
A Praça Central de Mostardas se transformou no coração cultural e de divulgação do evento. Exposições apresentaram iniciativas de parceiros como SAVE Brasil, NEMA e CRAM.
O espaço também funcionou como cinema a céu aberto e recebeu apresentações culturais que valorizaram as tradições locais, como o Ensaio de Pagamento de Promessa, canções regionais, e apresentações das invernadas. Artesãos locais aproveitaram o Festival para vender seus produtos, promovendo a economia regional.
O gestor do Parna, Riti Soares dos Santos, destacou a importância da iniciativa. "O festival aproxima as pessoas da Unidade de Conservação, promovendo e fortalecendo a observação de aves como atividade saudável e sustentável", comentou.
Fechamento com Pedalada pela Natureza
Ao fim do Festival, no domingo (23), o público se exercitou em contato com a natureza durante um passeio ciclístico até a Lagoa do Peixe, organizado pelo grupo Pedaleiros de Mostardas. A Lagoa, que dá nome ao Parque, é uma laguna costeira rasa, de cerca de 35 km, fundamental para o ciclo de vida de diversas aves.
Realizado desde o ano 2000, o Festival se consolida como um espaço de troca de conhecimentos, incentivo ao engajamento em conservação da natureza e valorização da cultura local.
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