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Legado da COP30: Acordo de Cooperação Técnica reafirma missão científica do CEPNOR no Norte do Brasil
Ao assinar o acordo, uma placa simbólica foi descerrada. Foto: Franciéli Barcellos/ICMBio
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e o ICMBio renovaram, no dia 19 de novembro, por mais 30 anos, o Acordo de Cooperação Técnica que garante a utilização do imóvel onde funciona o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Norte (CEPNOR), no campus Belém (PA). A renovação é um legado tangível da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) ao Instituto, que coroa um processo de retomada de identidade e valorização do Centro de Pesquisa na cidade que foi sede da maior conferência climática do mundo.
Em cerimônia realizada no prédio do CEPNOR, assinaram o termo de renovação o presidente do ICMBio, Mauro Pires, e a reitora da UFRA, Herdjania Veras de Lima, com a presença do coordenador do Centro, Alex Klautau.
"Sou grato à renovação da cooperação com a Universidade, reforçando um centro de pesquisa que não é só importante somente para o Norte, mas para todo o Brasil devido a sua biodiversidade. Com esta ação estamos fortalecendo a ciência e a conservação ambiental, deixando a educação brasileira mais frutífera. É um dos principais legados nossos da COP", destacou Mauro.
"Essa parceria representa, acima de tudo, um investimento no conhecimento, que é importante para o aluno da nossa universidade, pois é um local de prática de experiências, que vai formar bons profissionais. É algo que vejo nesta renovação, dela seguimos mais fortalecidos", completou Herdjania.
A preparação para a Conferência também acelerou um processo de modernização do espaço físico do Centro. As instalações foram completamente reformadas, beneficiando tanto alunos e pesquisadores da universidade quanto os servidores da autarquia.
"Com a COP30, todo o papel do nosso centro de pesquisa com a UFRA foi colocado em evidência, reavivado. Com a Conferência e suas questões de mudança climática e conservação, a importância das discussões feitas no CEPNOR e da sua parceria com a Universidade voltou a pauta principal", destacou o coordenador Alex.
Ele ainda complementa que para os trabalhadores do centro, o impacto vai muito além da infraestrutura. Os servidores relatam que, pela primeira vez em muitos anos, sentem conforto, valorização e prazer em estar no ambiente de trabalho, o que representa um ganho administrativo, humano e social significativo.
Para além, no período da COP30, o Centro hospedou servidores vindos de diferentes regiões e expertises, em alojamento que também compôs as reformas do CEPNOR. O encontro prolongado entre os que lá passaram a conviver diariamente criou um senso forte de união, pertencimento e integração institucional, em uma compreensão compartilhada das rotinas, desafios e especificidades, o que também se considera um resultado marcante e duradouro deste processo.
O CEPNOR
Criado em 22 de dezembro de 1993, o CEPNOR, entre os 14 centros de pesquisa sob o guarda-chuva do ICMBio, tem como objetivo executar pesquisas para a conservação da biodiversidade marinha no norte do Brasil. Atuando em um território que se estende do Oiapoque (AP) ao Delta da Parnaiba (PI), área essa com alta exploração pesqueira. O Centro desenvolve ações de monitoramento, gestão e suporte técnico que visem a preservação de espécies marinhas nessas áreas. A costa norte do Brasil ainda corresponde a maior faixa de mangue do mundo, e nela estão inseridas diversas Unidades de Conservação Federais as quais o CEPNOR tem como meta auxiliar na gestão e elaboração de seus Planos de Manejo apoiando sua conservação.