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ICMBio e Ibama aprimoram protocolo nacional de monitoramento da restauração ecológica
O encontro congregou servidores do MMA, ICMBio, Ibama, SFB e Funai. Foto: Rogério da Cruz Sant’Ana/CBC - Foto:
Dando continuidade aos trabalhos que definem o padrão de qualidade para as iniciativas de recuperação da vegetação nativa a nível federal, orientando a elaboração e execução dos projetos, no início deste mês, entre os dias 2 e 4 de dezembro, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação em Biodiversidade e Restauração Ecológica (CBC/ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram a 2ª Oficina sobre Indicadores Ecológicos para Monitoramento da Recuperação da Vegetação Nativa.
O evento ocorreu na sede do Instituto Chico Mendes, em Brasília/DF, e teve como principal objetivo alinhar e testar o protocolo de monitoramento com os participantes para que se tornem multiplicadores desse conhecimento e promovam a aplicação da orientação técnica desenvolvida.
Para além do coordenador do CBC, Alexandre Sampaio, a oficina contou também com a participação da coordenadora-geral de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio, Cecilia Cronemberger, de representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FunaiI), além dos servidores do ICMBio e Ibama que trabalham com a agenda de restauração ecológica.
“Essa oficina é extremamente importante para que os órgãos criem padrões conjuntos de acompanhamento dos projetos de restauração ecológica que a gente precisa fazer no Brasil a fim de cumprir nossas metas. Então, é fundamental que esses projetos sejam bem acompanhados e avaliados, para garantir que é a restauração dos ecossistemas seja de fato atingida, alinhada a um uso eficaz dos recursos”, indica Cecília.
Alinhamento Teórico e Prático
A fim de qualificar a atuação dos participantes, a programação incluiu uma etapa teórica que apresentou os resultados da primeira oficina, realizada em 2024. Foram oferecidas explicações sobre a finalidade dos indicadores ecológicos e seus valores de referência, além de uma análise das Instruções Normativas Federais que orientam a restauração ecológica nos territórios sob jurisdição do ICMBio e do Ibama. No segundo dia, os participantes realizaram uma atividade de campo no Parque Nacional de Brasília, a qual possibilitou a aplicação prática do protocolo de monitoramento do sucesso da restauração em diferentes fitofisionomias: ambientes florestais, campestres e savânicos. Dessa forma, foi possível testar e compreender a metodologia e seus indicadores na prática.
Aprimoramento do Protocolo e Plano de Capacitação
Após a atividade de campo, os participantes foram divididos em grupos de trabalho na sede do ICMBio. Os grupos avaliaram o protocolo de monitoramento e propuseram melhorias, considerando as particularidades de cada bioma brasileiro e suas diferentes fitofisionomias. Além disso, elaboraram propostas de conteúdos e módulos para um plano de capacitação básico sobre o tema. O objetivo é ampliar o número de servidores ambientais capacitados para o uso do protocolo em todo o país.
Contribuições aos trabalhos do SFB e da Funai
“Essa Oficina foi muito importante para a gente organizar os protocolos de monitoramento do Serviço Florestal. Estamos com grandes projetos de restauração, de concessão florestal para a restauração, tanto no bioma Amazônico quanto no bioma Mata Atlântica, então, o conhecimento desses protocolos é um grande avanço para monitorarmos essas áreas e entender como está o andamento da restauração e que a gente precisa melhorar”, coloca Luisa Rocha, analista ambiental do Serviço Florestal Brasileiro, lotada na Diretoria de Concessão Florestal e Monitoramento
“A participação nessa Oficina de Indicadores de Restauração para Monitoramento foi de grande valia, principalmente para conhecer o trabalho executado pelo ICMBio e pelo Ibama. Tendo em vista a importância das terras indígenas dentro do PLANAVEG para atingir as metas de restauração, foi importante para termos subsídios para avaliar o andamento do monitoramento da restauração em terras indígenas”, declara Fernanda de Carvalho, especialista em Indigenismo na Funai, lotada na Coordenação da Conservação da Biodiversidade e Restauração Ambiental.
Apoio e valorização de produtos locais
Para realização da oficina as autarquias contaram com o apoio da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ) e do Buffet Buriti Zen, que forneceu lanches aos participantes. Os produtos oferecidos foram de origem local, produzidos em comunidades tradicionais e destacaram o uso de espécies nativas do Cerrado, como jatobá, buriti, pequi e a baunilha do Cerrado.

