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APA da Baleia Franca (SC) comemora 25 anos com lançamento de documentário
- Foto: Acervo APA da Baleia Franca
A Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (SC) comemorou, no domingo (14), 25 anos de história pela proteção das áreas de reprodução da espécie no litoral do centro-sul catarinense. E dentre as entregas comemorativas, esteve o lançamento do documentário “É linda! Quero te Proteger”, produção que exibe paisagens paradisíacas, dá voz a personagens da região que atuam em prol da Unidade de Conservação (UC) e apresenta os desafios socioambientais para manter esse território protegido.
Sob a direção do documentarista Gabriel Marchi, é possível assistir a produção pelo YouTube do ICMBio.
Além da exibição do documentário, a APA Baleia Franca comemorou o aniversário com a plenária participativa do Conselho, atividades artísticas e culturais, incluindo trilhas para observação de aves e observação das baleias-francas, além da festa na Feira da Sociobiodiversidade da Associação Comunitária Rural de Imbituba (ACORDI), com almoço, música ao vivo e venda de produtos da terra, comidas típicas, artesanatos e visita a engenho de farinha.
Proteger a APA da Baleia Franca é proteger a todos nós!
Criada em 14 de setembro de 2000, a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca surge com o objetivo de proteger a área de reprodução da espécie Eubalaena australis na costa brasileira. Mas não é só a baleia a beneficiada, toda a sociedade ganhou com a valorização da identidade de um território protegido. A área é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável e atua com o objetivo de contribuir para o ordenamento do uso do solo, das águas e espaço aéreo e para a valorização da cultura tradicional, em especial da pesca artesanal.
Esse território abrange nove municípios de Santa Catarina e é formado pelos biomas Marinho-Costeiro e a Mata Atlântica, sendo 80% do território de área marinha. O cenário abrange áreas terrestres e lagunares com alta relevância para a conservação da biodiversidade, como áreas de dunas, banhados, costões, ilhas e restingas, com complexos estuarino-lagunares.
A ocupação humana na área abrangida pela APA da Baleia Franca data de 4.000 anos, e conta com dezenas de sítios arqueológicos, que são atrativos singulares — como sambaquis, oficinas líticas e pinturas rupestres. Outro ativo humano importante é a cultura açoriana, visível em manifestações culturais da região, como os bois-de-mamão, presente também nas comunidades tradicionais que vivem da pesca artesanal no território.
A região também serve de local de descanso de diversas espécies de aves migratórias, e suas praias e costões recebem sazonalmente visitantes como pinguins-de-magalhães, leões, lobos e elefantes-marinhos. A UC abriga ainda a porção de mangue mais austral do Brasil, no antigo estuário do Rio Tubarão e complexo lagunar associado.
Os desafios de gestão do território continuam sendo a implementação do Plano de Manejo, o controle da ocupação irregular do solo em um cenário de intensa pressão imobiliária e aumento populacional na região litorânea, assim como o combate e controle de espécies exóticas invasoras, gestão sustentável das áreas úmidas, incluindo as lagoas costeiras e a valorização da cultura e o fortalecimento da pesca artesanal.
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