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UFES/FEST realiza maior monitoramento da biodiversidade, reunindo 30 universidades que somam mais de 500 pesquisadores
PMBA-Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática se consolida como referência
Uma das exigências do Acordo inicial entre União e Estados do ES e de MG com as empresas Samarco/Vale/BHP era de que fosse realizado o monitoramento da biodiversidade – na foz do rio Dice, região estuarina e marinha adjacente. De quando esse monitoramento começou para cá já se foram 6 anos, com dados e informações que revelam o grau de impacto na biodiversidade.

- Material ligado ao desastre ambiental do grupo Samarco/Vale/BHP na foz do rio Doce. Crédito: Marcello Lourenço - Centro TAAMR/ICMBio.
Segundo ele, todo o staff acadêmico foi bem além do proposto, o que tornou o Programa uma referência. “Essa é uma das vantagens de um monitoramento deste porte com a Academia, pois a inquietação científica nos levou a elaborar produtos, processos, novos índices ambientais, ferramentas de gestão de projetos, ciência de dados, matrizes, indicadores e painéis de visualização de resultados”, celebra Sá.
Nesta fase, alguns desses produtos estão sendo publicados em revistas científicas internacionais, e outros estão em processo de registro intelectual de propriedade. Graças à inquietação da equipe de pesquisadores, que fizeram o Programa propor novos métodos e novas abordagens, obteve-se melhores resultados e interpretações dos impactos ambientais.
“Ao longo desses sete anos de execução do PMBA, todas as exigências foram cumpridas com inovações em seus processos, metodologias, ferramentas técnicas e de gestão. O que fez com que os resultados do Programa fossem utilizados por órgãos ambientais, a exemplo do reconhecimento de áreas impactadas e da avaliação da qualidade do pescado”, relembra o coordenador.
O desafio está em como passar todas essas informações técnicas e traduzi-las em linguagem acessível para a sociedade. “Não há dúvidas quanto a importância da sociedade estar ciente do desastre e todas os impactos a ele ligados. E algumas ferramentas foram desenvolvidas para visualizá-los de forma mais intuitiva, como as computacionais para a análise e visualização de dados pelos órgãos ambientais”.A grande quantidade de dados, de extrema complexidades do PMBA, foi transformada em informações acessíveis e compreensíveis. E dessas ferramentas desenvolveu-se um dos produtos do PMBA, que são os painéis interativos. “Estes produtos estão aguardando registro intelectual de produção para poderem ter seus acessos liberados publicamente. Enquanto isso o desastre é internalizado pela sociedade a partir de todo o trabalho de divulgação que vem sendo feito desde o desastre e início dos trabalhos de monitoramento, até hoje”, frisa Fabian.
Quanto à qualidade ambiental dos ambientes, Fabian reforça a sazonalidade, com alguns indícios de melhoras em determinadas épocas, seguido de declínio desta qualidade ambiental em outras. “O que nos faz observar que o problema persiste. Daí a implementação destas ações de recuperação ambiental serem mais do que urgentes”, complementa.
Comunicação Centro TAMAR/ICMBio
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Maior desastre ambiental do Brasil chega à primeira década inominável
