Avaliação do Risco de Extinção da Herpetofauna no Brasil
O avanço do desenvolvimento humano e, consequentemente, a exploração dos recursos naturais, vem ocasionando grandes mudanças no ambiente. Uma das estratégias para estimar os danos das atividades humanas à flora e à fauna é a avaliação periódica do estado de conservação das espécies, que resulta em uma lista de espécies em risco de extinção.
Essas listas são ferramentas essenciais, na medida em que identificam as espécies que demandam ações mais urgentes de conservação, inclusive a proteção de seus habitats. Elas funcionam como um alerta para a sociedade, principalmente para os órgãos governamentais, que devem adotar medidas efetivas para conservação dessa biodiversidade, incluindo o incentivo à pesquisas, identificar áreas prioritárias para conservação e subsidiar medidas específicas de proteção.
A metodologia de avaliação utilizada pelo ICMBio segue os parâmetros da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que classifica as espécies em categorias de risco com base em critérios como distribuição geográfica, tamanho e tendência populacional, grau de fragmentação do habitat e principais ameaças.
O Brasil é o país com a maior diversidade de anfíbios e répteis do mundo, abrigando mais de 2.000 espécies descritas. Ao RAN, cabe coordenar o processo de avaliação do estado de conservação dos anfíbios e répteis não marinhos no país. Os resultados dessas avaliações, assim como os de toda a fauna brasileira, estão disponíveis no Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (SALVE) — que apresenta as categorias atribuídas a cada espécie, bem como as informações que fundamentaram sua classificação, incluindo registros de ocorrência e principais ameaças.

