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PAN Corais inicia segundo ciclo com foco ampliado e maior integração para conservação marinha
Reunião Preparatória - II Ciclo PAN Corais
O Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais), instituído em 2016, entra em seu segundo ciclo com metas mais ambiciosas para proteger os recifes de coral e suas espécies associadas ao longo do litoral brasileiro.
Primeiras conquistas do PAN Corais
No primeiro ciclo (2016-2021), o PAN Corais definiu 52 espécies foco, incluindo peixes e invertebrados aquáticos, e estabeleceu 146 ações distribuídas em 10 objetivos específicos, em 18 áreas prioritárias do Maranhão a Santa Catarina. O plano teve como metas principais melhorar o estado de conservação dos ambientes coralíneos, reduzir impactos antrópicos, ampliar a proteção e o conhecimento científico, promover o uso sustentável e fortalecer a justiça socioambiental.
O trabalho integrou diversos atores sociais, como pesquisadores, pescadores, ONGs e setor privado, sendo um marco para a conservação marinha no Brasil. Entre os desafios enfrentados, destacaram-se a falta de governança em ações prioritárias e a necessidade de melhorar a comunicação com a sociedade para estimular maior engajamento.
Avaliação e nova coordenação no segundo ciclo
Ao término do primeiro ciclo, foi realizada uma avaliação que apontou avanços e desafios a superar. Com base nessa análise, iniciou-se a elaboração do segundo ciclo do PAN Corais, que marcou uma mudança importante: a coordenação geral, antes feita pelo CEPSUL, passou para o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (TAMAR), com outros centros do ICMBio como coordenadores regionais — CEPSUL, para as áreas foco no Sudeste e Sul; CEPENE, no Nordeste; e CEPNOR, no Norte.
Novos desafios e metas do segundo ciclo
O segundo ciclo do PAN Corais traz uma abordagem territorial mais focada, e busca dar continuidade e ampliar as ações do primeiro ciclo, abordando novos desafios como a intensificação dos impactos das mudanças climáticas, a pesca excessiva e o turismo desordenado. O plano atual visa a conservação de um número ainda maior de espécies, superando 60, e aprimorando a proteção dos ambientes coralíneos priorizados para este novo período.
A articulação entre os centros de pesquisa do ICMBio permanece fundamental para a implementação das ações, garantindo sinergia, troca de conhecimentos técnicos e científicos, e uma atuação multissetorial que aumente as chances de sucesso na conservação dos recifes de corais e sua biodiversidade.