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Primeira reunião do Ciman 2025 traça estratégia para atuação frente ao fogo
Prevfogo/Ibama realiza primeira reunião do Ciman 2025 com instituições federais - Foto: Vinicius Cardoso/Ibama
Brasília/DF (01/09/2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou nesta sexta-feira (29) a primeira reunião ordinária do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman) em 2025, em conformidade com a Política Nacional do Manejo Integrado do Fogo.
A abertura foi conduzida pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, no prédio do Prevfogo, em Brasília (DF). O encontro contou com a presença do diretor da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama (Dipro), Jair Schmitt; da coordenadora-geral do Prevfogo, Flávia Saltini; e de representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério da Defesa, Marinha, Exército, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Defesa Civil, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Força Nacional e Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Também participaram remotamente a Casa Civil da Presidência da República, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e pesquisadores do Lasa/UFRJ.
Historicamente, o Ciman se reúne durante o período mais crítico de incêndios, concentrado no segundo semestre do ano em grande parte do país. Em 2025, a Sala de Situação funcionará três vezes por semana, em formato híbrido, com reuniões presenciais no Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama). Nessas ocasiões, serão avaliados os incêndios florestais em andamento, riscos e estratégias de alocação de recursos. As deliberações serão acompanhadas pela Casa Civil da Presidência da República, que monitora também os efeitos da seca, e pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Comif).
“Consideramos fundamental que todas as instituições envolvidas atuem com representantes e que a assiduidade seja uma prática constante neste centro integrado. Acreditamos que a eficácia do trabalho articulado depende da colaboração de todos”, destacou Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama.Uma Sala de Situação diante da crise climática
O principal desafio de 2025 será lidar com a persistência da seca prolongada, especialmente nos biomas Cerrado, Pantanal e Amazônia. As previsões para o próximo trimestre indicam chuvas abaixo da média e temperaturas acima do normal na faixa norte do país, aumentando o risco de incêndios.
Força operacional ampliada
Neste ano, o Ibama dispõe de uma frota de 292 veículos operacionais para ações de combate aos incêndios – entre caminhões, caminhonetes, quadriciclos e utilitários – além de mais de 72 mil equipamentos de proteção individual e 3,1 mil ferramentas de combate. A força de trabalho também é recorde: foram contratados 4.385 brigadistas, sendo 2.600 pelo Ibama e 1.785 pelo ICMBio.
A reunião também debateu os desdobramentos da Política Nacional do Manejo Integrado do Fogo (PNMIF), criada pela Lei nº 14.944/2024. A norma estabeleceu responsabilidades claras para o Ciman e para o Comif, instâncias fundamentais para a gestão integrada dos incêndios florestais no país. O objetivo é reduzir danos ambientais, reconhecendo o papel ecológico do fogo em determinados ecossistemas e valorizando o conhecimento tradicional de manejo.
Resultados 2025
Entre janeiro e agosto de 2025, a área queimada no Brasil diminuiu em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa/UFRJ). O número de focos de calor também caiu 61% no país, conforme o Inpe.
Na Amazônia, foram registrados 12.632 focos de calor, uma queda de 77% em comparação com 2024, quando houve 56.053 registros no mesmo período. Apesar da redução, já foram contabilizados 643.706 hectares queimados no bioma, com maior incidência nos estados do Amazonas e do Pará.
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