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PROTEÇÃO ANIMAL
Marina Silva e Janja participam da soltura de 42 animais reabilitados no Cerrado
Reintrodução foi conduzida pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama, órgão vinculado ao MMA - Foto: Cláudio Kbene
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a primeira-dama Janja Lula da Silva participaram, nesta quarta-feira (27/8), da reintrodução de 42 animais silvestres ao Cerrado. A ação ocorreu na Chapada Imperial, propriedade particular cadastrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas), localizada em Brazlândia, região administrativa do Distrito Federal, a aproximadamente 50 quilômetros de Brasília.

- Animais silvestres voltam ao Cerrado em ação de reintrodução conduzida pelo Ibama, com apoio do MMA e parceiros - Foto: Paula Rafiza
A reinserção abrangeu espécies de jabuti (6), sagui-de-tufos-pretos (5) e dos pássaros canário-da-terra (8), baiano (7), periquito-de-encontro-amarelo (4), arara-canindé (3), trinca-ferro (2), encontro (2), papa-capim (2), golinho (1), graúna (1) e tiziu (1).
O processo foi conduzido pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Os cuidados envolvem triagem clínica, atendimento veterinário, reabilitação física e comportamental com acompanhamento técnico especializado, que atesta a aptidão para retorno ao meio natural.
Ao serem devolvidos ao habitat natural, Marina Silva enalteceu a colaboração entre as instituições públicas e as organizações da sociedade civil, parceria que classificou como “fundamental” para “fortalecer a política ambiental brasileira”. "Quanto mais a gente deixa os animais ficarem na natureza, mais a gente revela a nossa humanidade", afirmou. "Se eles são tirados da natureza, uma das formas de reconfirmar nossa humanidade é devolvendo os animais aos seus habitats naturais", acrescentou.
O direito de viverem livres em seus ecossistemas nativos foi enfatizado pela primeira-dama. “Acho que o que a gente vai fazer aqui é o renascimento para esses animais que vão ser reintroduzidos na natureza”, pontuou.
Cetas
Os Cetas do Ibama são unidades responsáveis pelo recebimento de animais silvestres apreendidos, resgatados ou entregues espontaneamente pela população. Anualmente, acolhem aproximadamente 60 mil animais em todo o país. No DF, chegam ao centro cerca de 7 mil animais por ano, dos quais mais de 70% são aves.

- Reinserção abrangeu espécies de sagui-de-tufos-pretos, jabuti e vários pássaros - Foto: Paula Rafiza
A diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais do MMA, Vanessa Negrini, salientou a relevância dos Cetas para “dar uma nova chance de vida aos animais silvestres resgatados, vítimas do tráfico, de acidentes ou maus-tratos”. “É preciso mudar o paradigma sobre a fauna. Toda forma de exploração, inclusive a normalização de animais silvestres como ‘pets’, alimenta o tráfico e enfraquece a conservação. Sem a fauna, não há floresta em pé, e comprometemos a água, o clima, a produção de alimentos e até a prevenção de novas pandemias”, acrescentou a diretora, ao ressaltar a atuação do MMA junto ao Congresso Nacional para aprovar o PL 347/2003, que aumenta as penas para o tráfico de animais silvestres.
“É fantástico poder sentir essa emoção de chegar aqui e presenciar a liberdade, a reintrodução desses animais com a nova chance à vida”, destacou o representante da Chapada Imperial, Márcio Imperial.
Matéria original do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
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