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Ibama participa de workshop internacional sobre conflitos com grandes felinos
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho (de camisa bege), fala na abertura do evento - Foto: Ana Palma/Famasul
Campo Grande/MS (1º/09/2025) – Especialistas do Brasil e do mundo estiveram reunidos no I Workshop Internacional Conflitos com Grandes Felinos: Riscos, Causas e Soluções, promovido na capital sul-mato-grossense, em 26 e 27 de agosto. No encontro, havia participantes da Índia, dos Estados Unidos, da África e da América Latina. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi representado pelo seu presidente, Rodrigo Agostinho; pela superintendente da autarquia em Mato Grosso do Sul, Joanice Battilani; e pela analista ambiental Fabiane Souza.
Durante dois dias, os participantes debateram estratégias de prevenção e de resposta a conflitos envolvendo onças-pintadas, pumas, leões, tigres e outros grandes felinos. O objetivo foi promover um espaço de diálogo técnico e multidisciplinar, integrando políticas públicas, experiências de campo e saberes locais, com foco na conservação dessas espécies, na segurança das comunidades e no ecoturismo responsável.
“A gente quer que essa coexistência entre humanos e grandes felinos seja pacífica e respeitosa”, afirmou Agostinho na abertura do evento. Para ele, é fundamental realizar o monitoramento dos animais, bem como orientar a população, visando a uma convivência harmoniosa e segura, tanto para os cidadãos, como para os animais.
Nesse sentido, têm sido positivas as ações de monitoramento da espécie feitas por grupo interinstitucional formado para acompanhar os avistamentos de onça-pintada na área urbana de Corumbá (MS), além de disseminar orientações aos moradores e proprietário rurais, por meio de manuais, cartilhas e manejo de gado e de animais domésticos. Os resultados dessa iniciativa foram apresentados durante o workshop pela analista ambiental do Ibama Fabiane Souza, que é especialista em felinos.
Outro tema abordado no evento foi a translocação de animais, ou seja, o ato intencional de movê-los de um local para outro, geralmente com o objetivo de conservação. “É importante destacar que a captura para translocação de felinos requer um plano de ação, a fim de minimizar o estresse ao animal. Além disso, deve-se selecionar a área de soltura com muita cautela, para evitar desequilíbrio entre as espécies locais”, explica a superintendente Joanice. Ela acrescentou que o Ibama, em conjunto com outras instituições, vai elaborar um plano de translocação do animal avistado na área urbana de Corumbá (MS).
Ao longo do evento, foi iniciada a elaboração de um documento técnico com diretrizes para a convivência com grandes felinos no Brasil. “Esse protocolo terá de ser desdobrado em um conjunto de ações, com destaque para a educação ambiental, que é um componente importante para a construção de uma nova realidade”, declarou Agostinho.
O I Workshop Internacional Conflitos com Grandes Felinos: Riscos, Causas e Soluções foi organizado pelas seguintes entidades: Instituto SOS Pantanal, Associação Onçafari, Instituto Onça Pintada e Instituto Homem Pantaneiro.
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