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Ibama intensifica fiscalização pós-desintrusão na Terra Indígena Trincheira Bacajá
Fiscais do Ibama em operação na Terra Indígena Trincheira Bacajá - Foto: Fiscalização/Ibama
Brasília/DF (25/11/2025) - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concluiu, em 25de novembro, mais uma etapa das ações de fiscalização pós-desintrusão na Terra Indígena Trincheira Bacajá, no Pará, como parte do cumprimento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 709, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A operação, realizada entre 10 e 25 de novembro, teve como objetivo reprimir ilícitos ambientais e impedir o retorno de invasores à área.
Ao longo da ação, 23 agentes (todos servidores do Ibama) realizaram 21 atividades fiscalizatórias, que resultaram em 13 autos de infração, cinco termos de embargo, seis notificações e no bloqueio de 488 hectares de áreas desmatadas. As multas aplicadas somaram R$ 3.780.300,00.

- Mercúrio, armas de fogo e balança de precisão recolhidos em áreas de garimpo - Foto: Fiscalização/Ibama
A fiscalização concentrou esforços na repressão ao desmatamento ilegal, à exploração madeireira, ao garimpo e a outras atividades irregulares dentro da Terra Indígena e em seu entorno. As equipes também destruíram equipamentos utilizados em crimes ambientais, incluindo uma retroescavadeira hidráulica, veículos, motores estacionários, tanques de combustível, alojamentos improvisados e estruturas de comunicação. Foram apreendidos mercúrio, uma balança de precisão e seis armas de fogo.
Os agentes identificaram dois garimpos ativos na região: um no interior da TI Trincheira Bacajá e outro na zona de amortecimento da Floresta Nacional do Itacaiúnas. A operação ainda constatou indícios de uso de agrotóxicos desfolhantes lançados por drones ou aeronaves, prática que visa facilitar o desmatamento e dificultar o monitoramento por satélites, com impactos severos ao meio ambiente e à saúde das populações indígenas.
A ação contou com apoio de instituições parceiras, como o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Força Nacional de Segurança Pública.
A manutenção das fiscalizações do Ibama busca garantir que as áreas retomadas permaneçam protegidas e que atividades ilegais não voltem a ocorrer, em cumprimento às determinações da ADPF nº 709.
Assessoria de Comunicação Social do Ibama
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