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Ibama desarticula rede nacional de falsificação de anilhas usadas no tráfico de aves silvestres
Materiais utilizados na fabricação ilegal de anilhas foram recolhidos para perícia - Foto: Valdo Veloso / Ibama/MG
Belo Horizonte/MG (14/11/2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), desarticulou uma estrutura de falsificação de anilhas utilizadas no tráfico de aves silvestres no Brasil, em ação realizada no âmbito da Operação Voo Rastreado.
As investigações, realizadas ao longo de mais de oito meses, identificaram a movimentação de remessas postais contendo anilhas irregulares. Em dois anos de monitoramento, foram rastreadas mais de duas mil encomendas, enviadas para quase todos os estados brasileiros.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Juízo de Ribeirão das Neves (MG), foram apreendidas máquinas e insumos de fabricação de anilhas, além de armas, munições e dois canários-da-terra mantidos sem autorização. Um dos envolvidos foi preso em flagrante enquanto realizava postagens nos Correios.
Foram lavrados dois Autos de Infração, somando R$ 52 mil em multas. As aves apreendidas foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama de Belo Horizonte para reabilitação e futura destinação. Todo o material recolhido será submetido à perícia.
O que são as anilhas e por que são controladas
As anilhas são identificadores oficiais utilizados em pássaros canoros silvestres. Só podem ser solicitadas por criadores amadores registrados no SisPass, sistema do Ibama que garante o controle e a rastreabilidade das aves. Cada anilha possui código único, e sua fabricação é restrita a empresas credenciadas. A produção clandestina é crime e usada pelo tráfico para tentar “legalizar” aves capturadas na natureza.
Crimes investigados
Os responsáveis responderão por crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), além de falsificação de selo ou sinal público (art. 296 do Código Penal) e falsidade ideológica (art. 299).
Ação integrada
A Operação Voo Rastreado evidencia a importância da cooperação entre instituições públicas no enfrentamento ao tráfico de fauna silvestre e contribui para retirar de circulação anilhas falsificadas que abasteceriam o mercado ilegal.
Assessoria de Comunicação Social do Ibama
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