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Ibama articula ações integradas para controle do peixe-leão em Sergipe
Reunião interinstitucional reúne pesquisadores e instituições ambientais, para planejar ações de controle do peixe-leão em Sergipe - Foto: Ibama/SE
Aracaju/SE (02/12/2025) - A Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (ibama) em Sergipe (Supes/SE), por meio da Divisão Técnico-Ambiental (Ditec), realizou no final de novembro, reunião interinstitucional para planejar ações conjuntas de controle do peixe-leão (Pterois volitans) no estado. O encontro ocorreu na Universidade Federal de Sergipe e contou com a participação de pesquisadores da universidade, do Centro Tamar/ICMBio, da Fundação Pró-Tamar e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas.
O objetivo foi discutir o recente registro da espécie exótica invasora em Sergipe e iniciar o planejamento de um plano de ação local para controle e erradicação, com foco na implementação do Protocolo Geral de Alerta, Detecção Precoce e Resposta Rápida previsto na Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras.
O peixe-leão, originário do Indo-Pacífico, é uma espécie invasora no Oceano Atlântico que se expandiu a partir do Caribe no início de 1990 até alcançar o litoral brasileiro. Com o registro em Sergipe, a espécie agora está presente em todos os estados litorâneos do Norte e Nordeste, incluindo Fernando de Noronha. Trata-se de um predador oportunístico que se alimenta de crustáceos e peixes, inclusive de indivíduos quase do seu tamanho, com alta capacidade reprodutiva e espinhos capazes de inocular veneno.
Segundo Adolfo Hubner, analista ambiental da Equipe de Biodiversidade e Florestas do Ibama em Sergipe, embora o peixe-leão tenha preferência por áreas recifais, já há evidências de adaptação a ambientes estuarinos. Os estuários, conhecidos como “berçários do mar”, podem ter suas populações marinhas severamente impactadas pela presença da espécie.
Para a chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama, Iris Alves, o planejamento conjunto, aliado à experiência de especialistas e do corpo técnico do Ibama no estado, garantirá maior celeridade e eficácia no enfrentamento da invasão biológica. Ela destaca ainda a importância da participação dos diferentes atores locais que atuam no território.
Nesta primeira etapa, os esforços estarão concentrados no apoio ao projeto de pesquisa e extensão do Laboratório de Ictiologia da Universidade Federal de Sergipe, voltado para ações de divulgação e conscientização sobre o peixe-leão em comunidades ribeirinhas. A iniciativa priorizará colônias de pescadores e grupos que atuam com pesca amadora e mergulho, ampliando a orientação sobre identificação e riscos associados à espécie.
O superintendente do Ibama em Sergipe, Cássio Murilo dos Santos, ressalta que iniciativas como esta reforçam o papel articulador do ibama nos estados, promovendo debate participativo, produção e difusão de conhecimento técnico-científico, além da execução das políticas nacionais de meio ambiente.
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