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Encontro discute conservação da fauna na região transfronteiriça entre Brasil e Guiana Francesa
Representante do Ibama durante evento no rio Oiapoque - Foto: divulgação/Ibama
Macapá/AP (21/10/2025) – Um encontro realizado às margens do rio Oiapoque, na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, reuniu servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de outras instituições para discutirem a cooperação entre o Brasil e a França para o monitoramento e a conservação da fauna na região transfronteiriça.
O evento ocorreu entre os dias 13 e 18 de outubro e contou com a Equipe de Educação Ambiental da Superintendência do Ibama no Amapá (EEA-AP), com servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e com representantes do Parque Amazônico da Guiana, que sediou o evento, no lado francês do rio.
Na ocasião, os participantes promoveram palestras sobre a utilização do Protocolo Aquático Continental, elaborado pelo ICMBio e inserido no Programa Monitora, da autarquia. Após as apresentações, houve orientação sobre o preenchimento das fichas de coleta de dados, a fim de serem reunidas informações sobre a ocorrência da espécie Podocnemis unifilis (tracajá) na margem francesa do rio Oiapoque. A coleta será realizada por indígenas, permitindo o planejamento de ações voltadas à recuperação dos estoques naturais dessa espécie, classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como vulnerável.
Programa Monitora
O Programa Monitora, do ICMBio, busca fortalecer o diálogo sobre as questões ambientais, incentivando o compartilhamento de informações e a formulação conjunta de estratégias, com a participação de pesquisadores, gestores de unidades de conservação e comunidades locais.
Um dos seus principais objetivos é subsidiar, avaliar e acompanhar, no ambiente original, as projeções de alterações na distribuição e ocorrência das espécies em resposta às mudanças climáticas e a outros vetores de pressão e ameaça. Esses dados possibilitam a atualização das medidas de conservação, incluindo o manejo e a implementação de estratégias voltadas à proteção das espécies ameaçadas de extinção ou com dados insuficientes para avaliação.
A integração entre órgãos ambientais, instituições de pesquisa e povos indígenas representa um passo fundamental para o fortalecimento das ações de monitoramento e conservação da fauna transfronteiriça, contribuindo para a sustentabilidade dos ecossistemas e o equilíbrio ambiental da Amazônia.
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