Audiorelease: Pesquisa sobre uso da palma forrageira na alimentação animal pode baratear ração e impulsionar produção de leite e carne no Nordeste
A Sudene aprovou um projeto que vai testar a substituição do milho e do trigo pela palma forrageira na alimentação de vacas, cabras e ovelhas. A iniciativa vai ocorrer em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco.
A ideia é baratear a ração animal e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade do leite e da carne, beneficiando especialmente pequenos produtores da região do semiárido.
O engenheiro agrônomo da Sudene, Ayudo Sabino, explica porque a pesquisa pode transformar a realidade da pecuária na área de atuação da superintendência.
"Mas um fator importante também no valor desse projeto é porque a gente já tem vários indicativos que além da palma ser um excelente alimento para suprir as necessidades, principalmente no contexto de um. Clima semiário, porque ela se desenvolve com baixas prestações, com pouca chuva, ela traz ganhos significativos inerentes à qualidade do leite, já tem estudos preliminares que ela traz algumas isinas que melhoram na digestão do leite e também na qualidade da carne. Então, esse estudo também vai averiguar qual o efeito da palma na melhoria da qualidade do leite e da carne".
As atividades contam com investimento de 256 mil reais da Sudene e deve começar no mês de agosto. O superintendente da autarquia, Danilo Cabral, destaca que a palma forrageira pode ir além da alimentação animal e ganhar espaço como produto de exportação.
E que no futuro a gente possa transformar isso, inclusive, num acomodo possível de ser exportada do Nordeste, pela sua capacidade de resiliência. Que ela já demonstrou no nosso semiário, nós temos territórios que têm as mesmas características geográficas também do nordeste brasileiro e que pela biodiversidade única que nós temos, pode se transformar num produto também não só para consumo interno, como também para exportação. É para isso que a Sudênio vem fazendo esse conjunto de investimentos, com foco sobretudo na pesquisa, na ciência, utilizando a inovação para que a partir dela a gente possa agregar valor e transformar ela num produto de sustentabilidade regional, mas também de exportação.
Se os resultados forem positivos, a palma forrageira pode se consolidar como um alimento estratégico para a manutenção dos rebanhos, mesmo no período de seca, além de ser sustentável e com alto valor nutritivo e econômico para a pecuária do nordeste.
Reportagem Agnelo Câmara, analista de comunicação da Sudene.
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