Comércio exterior do Brasil e região Nordeste (2013-2023)

Introdução

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em 2023, as exportações brasileiras tiveram o melhor desempenho dos últimos tempos, mesmo em um cenário internacional adverso (queda nos preços das comodities, e instabilidades climáticas). As vendas brasileiras ao exterior alcançaram o valor recorde de US$ 339,6 bilhões e o país chegou a um saldo comercial de US$ 98,8 bilhões, proveniente de importações no valor de US$ 240,8 bilhões.

O ritmo de crescimento das exportações não foi afetado, mesmo com a queda acentuada dos preços das commodities no exterior, resultando em forte impulso externo para o resultado do produto interno bruto (PIB) – segundo o IBGE, em 2023, o PIB nacional cresceu 2,9% em comparação com o ano anterior. Colaborou para este dinamismo a Agropecuária, com 15,1%; a Indústria, com 1,6%; e, os Serviços, com 2,4%.

A performance das exportações impactou positivamente a geração de empregos e a expansão da renda. O saldo comercial positivo incrementou a oferta de dólares na economia, colaborando para a valorização do real, auxiliando na contenção da inflação e melhorando o poder de compra dos consumidores.

Ainda assim, a pauta é bastante concentrada. Somente três produtos representaram 37,4% do total exportado pelo Brasil, em 2023: soja, óleos brutos de petróleo e minério de ferro.

Os principais parceiros do Brasil por ordem de importância são a China, Estados Unidos e Argentina que no conjunto recebem quase a metade das exportações brasileiras (46,5%). Somente a China absorve mais de 30,0% do que é exportado pelo Brasil.

Em 2023, a participação da região Nordeste nas exportações nacionais foi de 7,4%, a menor dos últimos sete nos; e, nas importações, de 11,2%.

Nesse ano, o saldo da balança comercial foi de US$-1.985.007.808, resultado da diferença entre as exportações no valor de US$24.900.432.416 e importações no valor de US$26.885.440.224. Aliás, em todos os anos do período de análise, com exceção de 2020, o Nordeste apresentou saldo negativo revelando uma evidente dificuldade da região em conseguir adquirir suas importações com a receita obtida com as exportações. Dificuldade essa possivelmente atribuída às diferenças de complexidade produtiva das mercadorias transacionadas. Essa situação dificulta a aquisição de bens com maior valor agregado, necessários ao processo de evolução da região.

Entre 2022 e 2023, os estados da região que apresentaram melhor performance nas exportações foram Sergipe, com 185,1%; Alagoas, com 60,4%; Paraíba, com 20,1%; Rio Grande do Norte, com 6,1%; e, Piauí, com 1,5%. Maranhão, Ceará, Pernambuco e Bahia apresentaram queda de 4,5%, 13,1%, 14,2% e 18,7%, respectivamente.

Quanto às importações a situação foi a seguinte: Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba com crescimento de 115,3%, 58,0% e 4,4%, respectivamente. Os estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Sergipe, Maranhão e Ceará apresentaram queda de 9,7%, 10,0%, 25,0%, 31,1%, 35,3% e 35,6%, respectivamente.

1.1 Fluxo de Comércio

1.1.1 Exportações e importações totais do Brasil e Grandes Regiões

Representações gráficas das participações % dos valores das exportações e importações das grandes regiões em relação ao Brasil, nos anos de 2013 a 2023.

1.1.2 Exportações e importações totais do Nordeste e Estados

Representações gráficas das participações % dos valores das exportações e importações dos estados nordestinos em relação à região, nos anos de 2013 a 2023.

1.1.3 Saldo da Balança Comercial

Representações gráficas das diferenças entre as exportações e importações do Brasil, Regiões e Estados do Nordeste, em US$ milhões, nos anos de 2013 a 2023.

1.2 Exportações e Importações segundo a Classificação Internacional de Todas as Atividades Econômicas (ISIC)

Os dados por fator agregado foram substituídos pela Classificação Internacional de Todas Atividades Econômicas – ISIC (em nível de “Seção”), elaborada pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (UNSD). O objetivo de adotar a classificação ISIC e, por consequência, descontinuar as séries de fator agregado, é adequar as divulgações estatísticas de comércio exterior brasileiro às melhores práticas internacionais, conforme recomendação do manual internacional de compilação das estatísticas de comércio exterior de bens (IMTS 2010).

Elaborada pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (UNSD), a ISIC é a classificação internacional de referência das atividades produtivas. Seu objetivo principal é fornecer um conjunto de categorias de atividades que possam ser utilizadas para a coleta e disseminação de estatísticas de acordo com tais atividades. Desde a adoção da versão original em 1948, a ISIC tem servido como orientação para os países no desenvolvimento de classificações nacionais de atividades e se tornou uma ferramenta importante para comparar dados estatísticos sobre atividades econômicas dos países. A ISIC é usada amplamente, tanto ao nível nacional como internacional, na classificação de dados de acordo com o tipo de atividade econômica nos campos das estatísticas econômicas e sociais.

1.2.1 Exportações dos 10 principais estados, segundo a Classificação Internacional de Todas as Atividades Econômicas (ISIC)

Exportações totais e respectiva composição em produtos agrícolas, da indústria extrativa, da indústria de transformação e outros, segundo a ISIC, dos 10 estados com maior participação na exportação total do país, em US$ milhões, nos anos de 2013 a 2023.

A coluna de part % registra, no campo das exportações totais, o peso acumulado dos 10 estados que mais exportaram e, no campo de cada estado, o peso da respectiva exportação em relação às exportações totais.

 Destes, somente três estados foram origem de cerca da metade das exportações totais nacionais, tanto em 2013 como em 2023

1.2.2 Importações dos 10 principais estados, segundo a Classificação Internacional de Todas as Atividades Econômicas (ISIC)

Importações totais e respectiva composição em produtos agrícolas, da indústria extrativa, da indústria de transformação e outros, segundo a ISIC, dos 10 estados com maior participação na importação total do país, em US$ milhões, nos anos de 2013 a 2023.

A coluna de part % registra, no campo das importações totais, o peso acumulado dos 10 estados que mais importaram e, no campo de cada estado, o peso da respectiva importação em relação às importações totais.

Destes, somente três estados foram destino de cerca da metade das importações totais nacionais, tanto em 2013 como em 2023.

1.3 Exportações segundo os principais países

1.3.1 10 principais países de destino das exportações brasileiras

10 principais países de destino das exportações brasileiras, nos anos de 2013 e 2023.

1.3.2 10 principais países de destino das exportações nordestinas

10 principais países de destino das exportações nordestinas, nos anos de 2013 e 2023.

1.4 Importações segundo os principais países

1.4.1 10 principais países de origem das importações brasileiras

10 principais países de origem das importações brasileiras, nos anos de 2013 e 2023.

1.4.2 10 principais países de origem das importações nordestinas

10 principais países de origem das importações nordestinas, nos anos de 2013 e 2023.

1.5 Exportações segundo os principais produtos

1.5.1 Principais produtos de exportação do Brasil

20 principais produtos de exportação do Brasil, segundo o SH4, nos anos de 2013 a 2023.

1.5.2 Principais produtos de exportação do Brasil

20 principais produtos de exportação do Nordeste, segundo o SH4, nos anos de 2013 e 2023.

1.5.3 Principais produtos exportados pelos estados do Nordeste

10 principais produtos exportados pelos estados do Nordeste, segundo o SH4, nos anos de 2013 a 2023.

1.6 Importações segundo os principais produtos

1.6.1 Principais produtos importados pelo Brasil

20 principais produtos importados pelo Brasil, segundo o SH4, nos anos de 2013 a 2023.

1.6.2 Principais produtos importados pelo Nordeste

20 principais produtos importados pelo Nordeste, segundo o SH4, nos anos de 2013 e 2023.