Oh, Caatinga
Entre galhos retorcidos, raízes profundas e nuvens que sabem esperar,nasceu uma canção. Uma música que escuta o silêncio da Caatinga e traduz em versos sua força, sua beleza e seu segredo antigo de transformar resistência em vida.
"Oh Caatinga" é uma experimentação utilizando poesia e inteligência artificial para transformar os versos em música. Uma mistura de inovação, saber popular, sensibilidade nordestina. Porque até a tecnologia, quando se permite ouvir a natureza, aprende a rimar com o vento, com a terra e com a esperança.
Letra: Agnelo Câmara
Arranjos e voz: Suno (IA)
Oh, Caatinga
No chão rachado vejo a vida acordar
Raiz que abraça pra não se soltar
Cada espinho é promessa guardada
A Caatinga é ciência encantada
Entre galhos secos, um sopro escondido
Um segredo antigo, um pacto infinito
Que filtra o ar, que embala o chão
Guardando o futuro na palma da mão
Mandacaru, sentinela do calor
Alquimia verde, guardião do amor
Xique-xique risca traços no ar
E desenha a dança que faz germinar
Aqui, cada folha sabe ensinar
Transforma o vento, perfuma o lugar
De dentro da casca, da seiva, do pó
Brota o sustento, o saber e o sol
Oh Caatinga me ensina a viver
Na tua seca há tanto a aprender
És o pulso do sertão a vibrar
Um mundo inteiro a se admirar
O sol incendeia, mas também abençoa
Na pele da terra, esperança ressoa
Juazeiro estende seu colo sombrio
É farol de abrigo no calor mais frio
O vaqueiro, o poeta, o povo daqui
Carregam no peito a força de ti
E no horizonte, mãos que semeiam
Cuidam da vida, das trilhas que teiam
E quando a chuva desata a cantar
O sertão floresce, começa a pulsar
Verde que cobre, perfume no ar
Na Caatinga tudo volta a brotar
Semente que vira esperança e pão
Flor que protege, raiz que dá chão
Cada broto é um pacto, um sinal
De que a vida aqui é sempre imortal
Oh Caatinga me ensina a viver
Na tua seca há tanto a aprender
És o pulso do sertão a vibrar
Um mundo inteiro a se admirar
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